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Brasileiros criam anticorpo que neutraliza HIV

Rinaldo de Oliveira
09 / 04 / 2015 às 00 : 00


Foto: NIAID

Uma esperança brasileira contra a Aids.
Cientistas brasileiros, que estão em Nova York, reproduziram em laboratório um anticorpo capaz de neutralizar o HIV e reduzir a carga do vírus a níveis baixíssimos.
“Ele bloqueia o vírus, bloqueia o receptor do vírus que vê a célula humana. Então, o vírus não consegue entrar na célula”, explicou o cientista Michel Nussenzweig ao Jornal Nacional.


Como
O anticorpo foi criado pelo sistema imunológico de uma pessoa soropositiva, mas que não desenvolveu a Aids, um caso raríssimo.

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O anticorpo foi isolado e depois clonado no laboratório do cientista brasileiro Michel Nussenzweig, na Universidade Rockefeller, em Nova York.

O estudo, publicado nesta quarta-feira (8) na revista científica Nature, mostra que o tratamento com esse anticorpo pode reduzir radicalmente a presença do vírus HIV no organismo.

A pesquisa
O estudo foi liderado por outra cientista brasileira, Marina Caskey.

O 3BNC117 foi injetado em 17 pacientes soropositivos, e 12 soronegativos.
Cada um recebeu apenas uma dose.

Nos portadores de HIV, em uma semana a quantidade de vírus no organismo caiu em até 99%.

Mas o efeito não foi duradouro. Como normalmente o corpo humano não consegue produzir esse anticorpo o vírus gradualmente voltou.

Nas pessoas soronegativas, o objetivo foi verificar se haveria alguma reação prejudicial ao anticorpo, o que não aconteceu.

“A gente está mostrando pela primeira vez que essa classe de drogas, que são chamadas  anticorpos que são neutralizantes, pela primeira vez a gente está mostrando que ela tem atividade significante em pessoas que são infectadas com HIV que ainda não estão em tratamento”, afirma a cientista Marina Caskey.

A próxima etapa da pesquisa, que começará ainda este ano, envolverá um número maior de pacientes e várias doses do anticorpo, na esperança de que ele eventualmente elimine o vírus HIV do organismo das pessoas infectadas.

Ainda é cedo para falar em cura, mas esse é o objetivo.

Com informações do G1 e Nature

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