Um estudo publicado na semana passada na revista “Nature”, mostra que cientistas podem ter descoberto a chave para a criação dos primeiros medicamentos eficazes no tratamento do autismo, que afeta uma em cada mil crianças em idade escolar.
O autismo é uma viagem ao desconhecido, mas a investigação ao gene Shank3, é importante porque “demonstra pela primeira vez que, embora o autismo seja uma perturbação de desenvolvimento, é possível reverter alguns comportamentos típicos do doente na sua fase adulta”.
Patrícia Monteiro, do Centro de Neurociências da Universidade de Coimbra (CNC) – e de uma equipe de pesquisadores do MIT – explica que o gene Shank3 funciona como “um andaime das sinapses, que permitem a comunicação entre neurônios e que suporta centenas de proteínas necessárias para que esta comunicação entre os pacientes possa ser feita corretamente”.