Aspirina tomada após 1º AVC pode evitar o segundo

Tomar aspirina imediatamente depois de um pequeno derrame pode reduzir o risco de o paciente ter um outro derrame mais grave.
Foi o que descobriram pesquisadores da Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha.
Eles afirmam que médicos já eram aconselhados a receitar aspirina para pessoas vítimas do chamado miniderrame, para reduzir o risco de formações de coágulos sanguíneos e de um grande derrame (ou AVC).
Mas a equipe de pesquisadores aponta agora que os benefícios do tratamento mais imediato com a aspirina podem ser muito maiores e ocorrem nas primeiras horas após o primeiro derrame.
Peter Rothwell, especialista em derrames da Universidade de Oxford e um dos líderes da pesquisa, disse que “é muito alto” o risco de um grande derrame imediatamente depois do miniderrame.
O estudo foi publicado pela revista científica The Lancet.
Especialistas sugerem que, em geral, as aspirina não deve ser tomada sem aconselhamento médico, sobretudo por pacientes que tenham problemas como sangramentos e asma.
“Um dos tratamentos que usamos foi a aspirina, mas sabemos de outros testes que os benefícios da aspirina no longo prazo são relativamente pequenos. Suspeitamos que os benefícios (de tomar a aspirina mais cedo, logo depois do miniderrame) podem ser muito maiores. Se for o caso, tomar a aspirina o mais rápido possível depois do evento com os ‘sinais de alerta’ pode valer muito a pena”, afirmou o especialista.
Os miniderrames, ou ataques isquêmicos transitórios, ocorrem quando há interrupção do fluxo sanguíneo para o cérebro.
Eles podem causar fraqueza nos membros ou problemas de fala ou visão. Os sintomas geralmente desaparecem depois de alguns dias.
Mas a chance de sofrer um derrame maior, com sintomas mais permanentes, cresce nos dias logo após o miniderrame.
Estudos anteriores
A equipe de pesquisadores analisou dados de 15 testes de aspirina envolvendo cerca de 56 mil pacientes que tinham sofrido derrame e descobriu que quase todo o benefício com o tratamento – a redução do risco de outro derrame – ocorreu nas primeiras semanas depois de um miniderrame.
Outra descoberta é que a aspirina reduziu a gravidade destes primeiros derrames.
Em vez da redução de 15% relatada pelos estudos anteriores, os pesquisadores descobriram na nova análise que a aspirina reduziu o risco de um derrame muito grave ou fatal em cerca 70% a 80% nos primeiros dias e semanas.
Peter Rothwell afirmou que os benefícios do tratamento imediato com aspirina foram “muito subestimados”.
“Nossas descobertas confirmam a eficácia do tratamento urgente depois de um ataque isquêmico transitório e pequeno derrame – e mostram que a aspirina é o componente mais importante. O tratamento imediato com aspirina pode reduzir de forma substancial o risco e gravidade de um derrame recorrente”, disse.
O especialista de Oxford afirma que a descoberta terá implicações para os médicos, “que deverão dar aspirina imediatamente no caso de suspeita de um ataque isquêmico transitório ou pequeno derrame ao invés de esperar pela avaliação de um especialista”.
Rothwell também afirma que é preciso orientar os pacientes.
“Se as pessoas acham que têm sintomas neurológicos que podem ser um pequeno derrame ou um ataque isquêmico transitório, temos de estimulá-las a tomar aspirina imediatamente além de buscar ajuda médica”, afirmou.
Dale Webb, da organização de caridade britânica especializada em tratamento e pesquisa sobre derrames Stroke Association, afirmou que a descoberta do grupo de cientistas é animadora.
“Mas é importante notar que tomar a aspirina não é uma alternativa a buscar tratamento médico. Qualquer um que ache que está tendo um ataque isquêmico transitório deve chamar o serviço de emergência imediatamente.”
Com informações da BBC

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