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Cirurgião brasileiro opera paciente a 12 mil km de distância e entra para o Guinness

Monique de Carvalho
02 / 11 / 2025 às 03 : 32
O cirurgião brasileiro estava no Kwait e operou um paciente no Paraná, sendo considerado um recorde mundial pelo Guinness - Foto: Sccolla
O cirurgião brasileiro estava no Kwait e operou um paciente no Paraná, sendo considerado um recorde mundial pelo Guinness - Foto: Sccolla

Um feito inédito colocou o nosso país no centro da inovação médica mundial. O cirurgião brasileiro Leandro Totti Cavazzola, professor do Serviço de Cirurgia Geral do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, realizou uma operação a mais de 12 mil quilômetros de distância do paciente e entrou para o Guinness World Records.

A telecirurgia robótica, feita no dia 23 de setembro, foi reconhecida como a de maior distância já realizada no mundo.

O médico estava no Kuwait, no Oriente Médio, enquanto o paciente era operado em Curitiba, no Hospital Cruz Vermelha. O procedimento tratou uma hérnia inguinal e foi confirmado como o primeiro caso de telecirurgia robótica em um paciente brasileiro. O recorde foi oficialmente validado pelo Guinness agora em outubro.

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A cirurgia que fez história

A operação foi conduzida de forma remota a 12.034,92 quilômetros de distância, entre o Hospital Jaber Al-Ahmad, no Kuwait, e o Hospital Cruz Vermelha, em Curitiba. O cirurgião brasileiro comandou o procedimento a partir do Oriente Médio, utilizando um robô cirúrgico de última geração.

A ação fez parte de uma iniciativa internacional para testar os limites da telecirurgia.

No mesmo dia, uma equipe do Kuwait realizou uma operação em um paciente local diretamente de Curitiba, invertendo as posições. Ambas as cirurgias foram bem-sucedidas e marcaram o primeiro experimento mundial de telecirurgia robótica em dupla direção.

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Tecnologia e inovação

Os procedimentos foram realizados com o modelo de robô cirúrgico MP1000, desenvolvido pela empresa Edge Medical. O sistema contou com o apoio de uma infraestrutura tecnológica de alta complexidade, envolvendo dois robôs idênticos e equipes médicas em ambos os países.

Para garantir a precisão dos movimentos, foi utilizado um sistema de transmissão de sinais de alta fidelidade, essencial para manter a comunicação em tempo real entre os hospitais. A Ligga Telecom foi responsável por fornecer a conectividade nacional, ligando Curitiba ao data center em São Paulo, com estabilidade e baixa latência — fatores decisivos para o sucesso da operação.

Novas possibilidades para a medicina

De acordo com o professor Leandro Totti Cavazzola, o projeto abre caminho para uma nova era na medicina. Ele destaca que, com o avanço da tecnologia, será possível que cirurgiões especializados apoiem colegas em diferentes regiões do mundo, ampliando o acesso da população a tratamentos complexos.

O idealizador da iniciativa, Marcelo Loureiro, do Scolla Centro de Treinamento Cirúrgico, afirma que o marco representa uma transformação profunda no campo médico. Segundo ele, a telecirurgia deixou de ser apenas uma demonstração experimental e se tornou uma prática clínica real e segura, capaz de redefinir o acesso à saúde especializada em escala global.

O paciente passou por uma cirurgia de hérnia inguinal, no Hospital Cruz Vermelha de Curitiba, e o cirurgião estava num hospital no Kuwait, a 13 mil quilômetros de distância. Foto: Divulgação Scolla
O paciente passou por uma cirurgia de hérnia inguinal, no Hospital Cruz Vermelha de Curitiba, e o cirurgião estava num hospital no Kuwait, a 13 mil quilômetros de distância. Foto: Divulgação Scolla
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