História do movimento LGBT entra no currículo escolar: respeito

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Por Só Notícia Boa
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Foto: MaisPB

Crianças e adolescentes dos EUA, vão estudar a história do movimento LGBT para conhecerem e aprender a respeitar as diferenças.

Autoridades da Califórnia decidiram, após votação unânime, que o tema deverá ser incluído no currículo de aprendizagem dos estudantes.

O Conselho Estadual de Educação do estado aprovou a inclusão do estudo sobre as contribuições de grupos minoritários no contexto histórico-social americanos.

O conteúdo LGBT será incluído no currículo do ensino básico, fundamental e médio em todo o estado.

Na quarta-série os alunos aprenderão sobre “o surgimento das primeiras organizações de direitos gays do país na década de 1950”.

O estado da Califórnia foi um dos primeiros a apoiar movimentos LGBT desde 1970 e já garante o direito ao casamento homoafetivo.

O grupo LGBT ‘Equality Califórnia’ elogiou a medida.

“Esta ação fará com que os momentos essenciais da nossa luta por igualdade e a evolução das identidades de gênero e das comunidades não seja esquecida”.

O manifesto de apoio destaca ainda que o currículo escolar há muito tempo precisava ser mais inclusivo, também para deixar estudantes gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros mais confortáveis no ambiente escolar.

“Isso permite que todos os alunos passem a pensar criticamente e expansivamente sobre como esse passado se relaciona com as funções atuais e futuras que podem desempenhar em uma sociedade inclusiva e respeitosa,” afirmou Don Romesburg, Diretor da Comissão da História LGBT em comunicado.

O professor Miguel Covarrubias, que ensina 11º ano EUA História na ‘Franklin High School’, em Highland Park, disse que muitos estudantes estão tendo contato com essa parte da história pela primeira vez.

“No começo alguns alunos aparentam estar desconfortáveis, mas à medida que as aulas vão acontecendo eles vão entendendo a importância do movimento LGBT para a evolução americana”, comenta o professor.

O Superintendente Estadual do Ensino Público, Tom Torlakson, afirmou que a decisão foi uma vitória para a inclusão.

“Este documento vai melhorar nosso ensino. Isso vai dar aos nossos alunos o acesso à mais recente pesquisa histórica e ajudá-los a aprender sobre a diversidade de nosso estado e as contribuições de pessoas e grupos que não tinham recebido o reconhecimento apropriado no passado”, afirmou.

Além do movimento LGBT a nova proposta didática também deverá incluir no currículo dos alunos conteúdo voltado para a educação eleitoral, financeira e a história de pessoas com deficiência.

Com informações Latimes

Tradução: Rodrigo Lins – Correspondente SNB nos EUA