O cientista japonês Yoshinori Ohsumi ganhou o prêmio Nobel de medicina 2016, concedido pela Assembléia Nobel no Instituto Karolinska, em Estocolmo.
Ele foi homenageado nesta segunda-feira, 03, na categoria ‘Fisiologia e Medicina’, por suas pesquisas que mudaram o paradigma de compreensão celular realizadas desde os anos 90.
As descobertas de Yoshinori Ohsumi levaram a uma nova compreensão de como uma célula recicla o seu conteúdo, divulgou o site do Prêmio Nobel.
Usando fermento de padeiro como um modelo, Ohsumi mostrou os mecanismos subjacentes para a autofagia e explicou como um processo semelhante ocorreu em células humanas.
“Suas descobertas abriram o caminho para a compreensão da importância fundamental da autofagia em muitos processos fisiológicos, como na adaptação à fome ou a resposta à infecção”, disse o instituto em um comunicado oficial.
Segundo o site do Prêmio Nobel, a palavra “autofagia” origina das palavras gregas auto, que significa “auto”, e phagein, que significa “comer” – ou auto-alimentação.
O termo autofagia foi criado por Christian de Duve que ganhou o Prêmio Nobel de Medicina em 1974. Hoje, a autofagia é conhecida como o processo pelo qual uma célula pode reciclar parte do seu próprio conteúdo.
“Mutações em genes autofagia podem causar a doença, e o processo de autofagia está envolvido em várias condições, incluindo câncer e doenças neurológicas”.
História
Na década de 1960, os investigadores observaram pela primeira vez o processo em que uma célula destrói os seus próprios conteúdos, encerrando-o em membranas, que formam vesículas e são depois transportadas para um compartimento de reciclagem para a degradação.
Mas foi apenas 30 anos depois que Ohsumi foi capaz de criar experimentos que identificaram os genes essenciais para este processo.
Segundo o site do Prêmio Nobel, a palavra “autofagia” origina das palavras gregas auto, que significa “auto”, e phagein, que significa “comer” – ou auto-alimentação.
O termo foi cunhado por Christian de Duve que ganhou o Prêmio Nobel de Medicina em 1974. Hoje, a autofagia é conhecida como o processo pelo qual uma célula pode reciclar parte do seu próprio conteúdo.
O premiado
Nascido em Fukuoka, Japão, Ohsumi recebeu um PhD da Universidade de Tóquio.
Ele passou três anos na Universidade Rockefeller, em Nova York, antes de retornar à sua terra natal, onde estabeleceu um grupo de pesquisa em 1988.
Desde 2009 trabalhou como professor do Instituto de Tecnologia de Tóquio. “Estou extremamente honrado”, disse ele à agência Kyodo News.
Ohsumi é a sexta pessoa do Japão a ganhar o Prêmio Nobel de Medicina. Segundo a Associated Press, o prêmio vale cerca de US $ 930 mil, quase R$ 3 milhões.
Com informações: huffingtonpost.com
Tradução: Rodrigo Lins – Jornalista Correspondente SNB nos Estados Unidos.