Aumenta expectativa de vida do brasileiro ao nascer: 76,6 anos

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Por Só Notícia Boa
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Brasileiros nas ruas - Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Cresceu a expectativa de vida do brasileiro, em relação ano passado. É o que mostram dados publicados pelo IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, nesta quinta, 26, no Diário Oficial da União.

Em 2018 a expectativa de vida do brasileiro era 76,3 anos. Em 2019 subiu para 76,6 anos.

Pode parecer pouco, mas é um grande avanço. Em 1940, por exemplo, a expectativa de vida do brasileiro ao nascer era de apenas 45,5 anos.

Com a nova contagem, o brasileiro hoje vive, em média, 30,8 anos a mais do que em meados do século passado.

Por idade

A expectativa de vida muda conforme a idade da pessoa e o sexo, sendo que a taxa de mortalidade dos homens é superior à das mulheres.

Aos 20 anos, a chamada sobremortalidade masculina atinge seu pico. Em 2019, um homem de 20 anos tinha 4,6 vezes mais chance de não completar os 25 anos do que uma mulher do mesmo grupo de idade.

De acordo com o demógrafo do IBGE, Fernando Albuquerque, na faixa entre 15 e 34 anos existe maior disparidade entre a taxa de mortalidade da população masculina em relação à feminina.

“Isso ocorre devido à maior incidência de óbitos por causas externas ou não naturais, como homicídios e acidentes, que atingem com maior intensidade a população masculina jovem. A expectativa de vida masculina no país poderia ser superior à que se estima atualmente, se não fosse o efeito das mortes prematuras de jovens por causas não naturais”.

Entretanto, de forma geral, em todas as faixas houve declínio da mortalidade ao longo do tempo.

Para o IBGE, o fato de que, em 1940, a população de 65 anos ou mais representava 2,4% do total e, em 2019, o percentual passou para 9,5% é um indicativo de que os brasileiros estão vivendo por mais tempo.

Segundo o instituto, um modo de se perceber esse movimento de maior longevidade é observar a probabilidade de uma pessoa que atingiu os 60 anos chegar aos 80 no país.

“A diminuição da mortalidade nas idades mais avançadas fez com que as probabilidades de sobrevivência entre 60 e os 80 anos de idade tivessem aumentos consideráveis entre 1980 e 2019 em todas as unidades da federação, chegando a alguns casos a mais que dobrarem as chances de sobrevivência entre estas duas idades”, disse Albuquerque.

Em 1980, de cada mil pessoas que chegavam aos 60 anos, 344 atingiam os 80 anos de idade. Em 2019, este valor passou para 604 indivíduos na média do Brasil.

O levantamento

A Tábua da Mortalidade é divulgada anualmente pelo IBGE e usa como referência dados de 1º de julho do ano anterior.

O dado é uma média da expectativa de vida dos dois sexos.

Com informações da AgênciaBrasil