Vacina da Pfizer será produzida no Brasil, após acordo

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Por Rinaldo de Oliveira
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A vacina da Pfizer contra covid-19 será produzida no Brasil pela Eurofarma - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

A Pfizer fechou acordo e anunciou que a vacina da farmacêutica norte-americana contra a covid-19 também será produzida aqui no Brasil.

A responsável pela produção será a empresa Eurofarma, com sede em São Paulo e no Rio de Janeiro. A Pfizer informou que serão produzidos 100 milhões de doses por ano no Brasil.

O anúncio foi feito pelas farmacêuticas Pfizer e BioNTech nesta quinta-feira 25, com a assinatura de uma carta de intenção com o laboratório brasileiro Eurofarma.

A empresa pretende fabricar imunizantes aqui para distribuição em toda a América Latina.

De acordo com a Pfizer, as “atividades de transferência técnica, desenvolvimento no local e instalação de equipamentos começarão imediatamente” junto à Eurofarma.

A produção

A empresa brasileira receberá matéria-prima dos Estados Unidos e a fabricação de doses prontas começará em 2022.

A expectativa é de que a produção anual chegue a 100 milhões de doses, que serão distribuídas exclusivamente na América Latina.

“Nossa nova colaboração com a Eurofarma expande nossa rede global de cadeia de suprimentos — nos ajudando a continuar fornecendo acesso justo e equitativo à nossa vacina”, disse, em nota, Albert Bourla, presidente e CEO da Pfizer.

Atualmente, o Brasil tem fabricação própria de duas vacinas contra a Covid: a Coronavac, produzida no Instituto Butantan, em São Paulo, e a AstraZeneca, fabricada na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro.

Incorporação ao SUS

A parceria com o laboratório brasileiro aponta para a utilização da vacina Pfizer contra a Covid-19 em uma eventual campanha anual de imunização contra o coronavírus.

Isso porque o fármaco é um dos únicos com registro definitivo aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Além disso, a vacina da Pfizer é uma das aprovadas pela Comissão Nacional de Inclusão de Tecnologia no SUS (Conitec) para incorporação ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Na prática, a medida inclui o imunizante ao rol de medicamentos do SUS, assim como outras vacinas que já fazem parte do sistema, como a da gripe, por exemplo. A vacina da AstraZeneca contra a Covid também foi incorporada ao sistema.

“Estamos disponibilizando nossos melhores recursos em capacidade industrial, tecnologia e qualidade para este projeto, para que possamos cumprir o contrato com excelência e contribuir com o abastecimento do mercado latino-americano ”, disse Maurízio Billi, Presidente da Eurofarma.

Atualmente, o Brasil tem dois contratos assinados com a Pfizer/BioNTech. O primeiro deles, fechado em março, está em vigência e prevê a entrega de 100 milhões de doses. Desse quantitativo, 1 milhão chegou ao país em abril e outros 2,5 milhões em maio.

O segundo contrato, assinado em maio deste ano, também prevê 100 milhões de doses. No entanto, as vacinas só devem chegar ao país no último trimestre do ano.

Com informações do Metrópoles