Moda e estilo são para todos e a Tommy Hilfiger tem mostrado que sabe fazer isso como poucas marcas no mundo!
A marca de roupas é uma das mais conhecidas e agora trouxe para o Brasil uma coleção inteira de peças que respeitam a individualidade, autonomia, corpo e expressão de identidade de cada pessoa e a deficiência delas.
Intitulada de Tommy Adaptive, a linha foi lançada em 2016, por iniciativa do próprio fundador, Tommy Hilfiger, que é pai de três filhos autistas. “As modificações precisam ser diversas e específicas para considerar a ampla gama de necessidades, desde as sensibilidades vivenciadas com um cliente com autismo, até a especificidade de uma pessoa com paraplegia”, explicou ele.
‘Moda é autoexpressão’
Tommy conta que viu de perto as dificuldades que pessoas com deficiência têm quando o assunto é encontrar uma roupa bonita, confortável e que se encaixe bem no corpo delas.
Foi a partir daí que ele contratou um designer adaptativo para marca e começou a reconstruir modelos já disponíveis, considerando diferentes necessidades do corpo.
“Pesquisas e muito feedback de usuários são cruciais no processo. Uma calça para um cadeirante, por exemplo, precisa levar em conta o posicionamento de costuras e bolsos para garantir o conforto e a facilidade de movimento”, continua.
“Zíperes que podem ser acionados com uma única mão, botões magnéticos e fechamentos com velcro são alterações a serem consideradas. A moda é sobre a autoexpressão, e ninguém deveria ficar de fora dessa experiência”, conclui Tommy.
Pessoas com deficiências no Brasil
A escolha em trazer a linha Tommy Adaptive para o Brasil foi uma consequência do destaque que a moda do nosso país tem apresentado quando se fala em inclusão.
Dados da Subsecretaria de Inspeção do Trabalho, do Ministério da Economia, divulgados em 2021, apontam que o número de PCDs – Pessoas Com Deficiências – no mercado de trabalho é de cerca de 372 mil.
Apesar de termos algumas marcas que já trabalham a inclusão dessas pessoas na moda, a percepção é de que este grupo, que possui poder de compra, ainda passa despercebido pelo mercado.
E foi considerando essas estatísticas que a Tommy Hilfiger resolveu trazer a linha adaptada para o nosso país.
“Estar em qualquer turma”
“Eu sei que as pessoas querem sair na rua sem chamar atenção para si, querem usar as mesmas roupas que os seus amigos. Existem tribos na moda – as pessoas do streetwear, as do athleisure, quem só quer usar jeans. Há diferentes grupos e é importante que quem tem deficiência possa estar em qualquer turma que quiser”, explica o Sr. Hilfiger.
Paulo Matos, diretor da Tommy Hilfiger no Brasil, afirma que, com o lançamento da linha Adaptive no país, a marca não busca um crescimento agressivo ou lucros. A intenção maior é atender esse cliente e as necessidades dele para que ele seja de fato incluído na moda.
A princípio, eles projetam vender 25 peças por mês, número que deve aumentar quando alcançarem reconhecimento entre o público-alvo.
Quando indagado sobre a posição como pioneiro neste movimento, o sr. Hilfiger responde com modéstia.
“Isso não é sobre mim. Por muitos anos, as pessoas com deficiência tiveram que descobrir como se vestir com roupas feitas para as massas. É uma enorme alegria saber que isso está mudando”, concluiu.
Sem dúvida, um avanço!
As pessoas são pensadas conforme as necessidades dos clientes – Foto: divulgação
A linha Tommy Hilfiger também tem peças infantis, que futuramente chegarão ao Brasil – Foto: divulgação
Todas as peças seguem o padrão da marca, mas com adaptações – Foto: divulgação
Com informações de Vogue
