“O hospital público salvou minha vida”, diz brasiliense paralisado após quadro infeccioso grave

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Por Rinaldo de Oliveira
Imagem de capa para “O hospital público salvou minha vida”, diz brasiliense paralisado após quadro infeccioso grave
Azor na chegada ao hospital público HRAN, em Brasília - Foto: arquivo pessoal

Imagina acordar imóvel e não saber o motivo! Aconteceu com um homem responsável financeiro de uma empresa privada em Brasília (DF). Azor Dias, de 49 anos, se viu inerte: numa segunda-feira não conseguia levantar da cama, nem conversar. Ele amanheceu com o rosto inchado e com feridas.

Ao vê-lo, o irmão, que é estudante de Medicina, verificou uma febre de mais de 40 graus e solicitou exame de sangue completo, que apontou 23 mil leucócitos, muito acima do normal que é até 10 mil. Ali começou a “via crucis” da família por vários locais de atendimento na capital federal, até parar no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), excelência no tratamento de doenças infectocontagiosas.

E foi neste hospital público que ele teve o diagnóstico correto, o tratamento que precisava, foi curado e conheceu de perto o carinho dos profissionais de saúde: “Cheguei ao HRAN péssimo. Mal conseguia falar. Por sorte, fui atendido por pessoas super dispostas a ajudar”, afirmou Azor, que aguardou dois dias no Pronto Socorro. “É uma experiência única. Tem de tudo um pouco, todos sofrendo, mas também existe uma solidariedade tremenda. Quando subi para infectologia, tinha gente me desejando sorte e falando que estava rezando por mim. É emocionante”, disse Azor em entrevista ao Só Notícia Boa.

O diagnóstico

À espera de um diagnóstico, Azor recebeu da equipe de infectologia do Hospital Regional da Asa Norte a identificação do problema: um quadro infeccioso grave causado por lesões da psoríase, doença autoimune associada à herpes zóster. O tratamento com antibióticos, antialérgicos e analgésicos foi intensificado e após dez dias de internação, veio a notícia boa: ele recebeu alta da equipe médica.

“Nem acredito que estou deixando o hospital, caminhando, sorrindo e feliz. Daqui levo as melhores lembranças, uma equipe de profissionais extraordinários: médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas, técnicos e as moças da higienização”, disse Azor. “O hospital público me salvou.”

Talento, competência e gratidão

Observador, Azor disse que, no período em que esteve internado, viu realmente o que são talento, competência e dedicação para exercer uma profissão.

Para ele, a experiência de ser atendido por uma equipe tão qualificada em um hospital público ficará registrada para sempre.

“O HRAN é um hospital com profissionais de elite que, apesar de todas as dificuldades, não demonstram incômodo nem insatisfação, seguem com suas tarefas. Se for preciso, improvisam, mas jamais deixam de atender. Fiquei realmente impressionado”, afirmou em tom de gratidão.

Hospital público de qualidade

Com 38 anos de existência, o hospital público HRAN, no Plano Piloto de Brasília, atende mais de 200 mil pessoas por ano, segundo dados oficiais.

E Azor Dias ter saído daquele quadro grave é mais uma prova de que hospital público nem sempre é sinônimo de longas esperas e atendimento ruim. Há exceções! E elas precisam ser mostradas e aplaudidas!

Parabéns à equipe pelo trabalho pontual e ao Azor, que já está novo em folha!

Azor na chegada ao hospital público HRAN, em Brasília - Foto: arquivo pessoal

Azor na chegada ao hospital público HRAN, em Brasília – Foto: arquivo pessoal

Azor 10 dias depois, quanto teve alta do hospital público - Foto: arquivo pessoal

Azor 10 dias depois, quanto teve alta do hospital público – Foto: arquivo pessoal

Texto com colaboração da jornalista Renata Giraldi