Brasileira cria aplicativo tipo ‘Pokémon Go!’ para ensinar química

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Por Rinaldo de Oliveira
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Nada melhor que a tecnologia para tornar o ensino mais dinâmico e divertido, ainda mais de química, que tanta gente acha difícil. Pensando nisso, a pesquisadora Cibele Zanatta da Silva Pereira usou realidade aumentada -tipo ‘Pokémon Go!’ – para criar um aplicativo que auxilia no ensino de química orgânica.

Batizada de IsomeriAR, a novidade é fruto da pesquisa de mestrado de Cibele na área de ensino de Química da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP.

A pesquisadora diz que o aplicativo estimula o interesse dos alunos ao relacionar a tecnologia presente no dia a dia com a ciência.

Isomeria

O aplicativo foi criado para ilustrar princípios como o da isomeria (substâncias de átomos iguais com propriedades diferentes), um tema que ainda deixa os alunos com muitas dúvidas.

Projetados na tela do celular de maneira tridimensional, os compostos químicos podem ser manipulados pelos usuários para facilitar o entendimento do tema.

E o mais importante: o aplicativo é acessível ao estudante de escolas públicas.

No estilo Pokémon Go!

A orientadora de Cibele, professora Márcia Andreia Mesquita Silva da Veiga, explicou que o sistema do IsomeriAR é semelhante ao jogo Pokemon Go, lançado em 2016.

O aluno só precisa escanear um QR Code – disponibilizado em cards para os professores – para ver, ampliar, diminuir ou rotacionar a molécula em realidade aumentada.

Para desenvolver o do aplicativo, Cibele contou inicialmente com dois programas, o Unity, ferramenta própria para o desenvolvimento do aplicativo, e o Vuforia, instrumento que possibilita a função da realidade aumentada.

Em um segundo momento foram utilizados outros dois aplicativos, o Jmol, que já é utilizado por químicos para a visualização de estruturas químicas em 3D, e o Blender, que permite a criação e edição de imagens animadas e vídeos.

Registro do app

Logo o aplicativo estará disponível para download. A professora Márcia contou que já está em tratativas com a Agência USP de Inovação para registro e, ainda este ano, ele deverá ser disponibilizado para ser aplicado em salas de aula.

Não é incrível?! Veja abaixo o post da Cibele com seus alunos!

Com informações do Jornal USP