Finlândia combate fake news com educação; aulas de história e matemática nas escolas

-
Por Rinaldo de Oliveira
Imagem de capa para Finlândia combate fake news com educação; aulas de história e matemática nas escolas
Nas escolas da Finlândia as crianças aprendem o que fazer para identificar fake news nas redes sociais. Foto: c/o Kari Kivinen

Educação é tudo, ainda mais em tempos de fake news. E a Finlândia provou que é possível acabar com essa praga da mentira na era digital incentivando o pensamento crítico e a alfabetização nas escolas, mostrou um estudo do instituto Open Society.

As crianças estão aprendendo desde cedo, nas escolas, como identificar uma informação falsa nas redes sociais e as consequências que elas podem ter ao mundo real.

“Por exemplo, nas aulas de matemática, analisamos como as estatísticas podem ser manipuladas”, explicou Marika Kerola, professora da cidade de Oulu.

Exercícios que elas fazem em sala

As crianças também aprendem sobre a alfabetização em mídia social. O simples gesto de curtir e compartilhar uma fake news sem ao menos analisar o que está sendo informado, ajuda com que a mesma mentira seja espalhada de maneira rápida.

Os alunos são desafiados constantemente a pesquisar sobre determinados temas e apresentar fontes sólidas, na intenção de se tornarem “detetives digitais”.

Há exercícios para que eles examinem alegações encontradas em vídeos de YouTube e em postagens veiculadas em redes sociais, comparem o viés da mídia em uma série de notícias “clickbait” (isca de clique) e investigue como a desinformação ataca as emoções dos leitores.

Outra proposta é que os alunos tentem escrever notícias falsas.

Como conseguiram

Tudo começou em 2016, depois de uma revisão no currículo escolar. A educação midiática passou a ser tratada em todas as disciplinas no Ensino Básico para desenvolver o pensamento crítico dos alunos.

“Na arte, um projeto típico seria que as crianças criassem suas próprias versões de um anúncio de xampu. Pode ser uma foto mostrando que o cabelo não é tão brilhante ou radiante quanto foi prometido no frasco”, explicou a professora.

Já nas aulas de idiomas, os alunos comparam a mesma história escrita como texto baseado em fatos e como propaganda, disse ela. Na história, eles comparam cartazes de guerra na Alemanha nazista e nos Estados Unidos, por exemplo.

Todos unidos para combater a desinformação

Além das escolas, que tem sido um papel fundamental ao combate à desinformação, a agência do Governo, várias ONGs e organizações também tem lutado para acabar com a praga das fakes news.

O serviço de verificação de fatos Faktabaari é o mais conhecido deles, no país.

Tá vendo como é possível acabar com a desinformação das fake news?

Que esse modelo da Finlândia sirva de exemplo, principalmente aqui ao Brasil!

No combate às fake news, alunos em Helsinque, na Finlândia, explicam a diferença entre desinformação, informação errada e má informação. Fotografia: Satu Rakkolainen-Sossa

No combate às fake news, alunos em Helsinque, na Finlândia, explicam a diferença entre desinformação, informação errada e má informação. Fotografia: Satu Rakkolainen-Sossa

Nas escolas da Finlândia as crianças aprendem o que fazer para identificar fake news nas redes sociais. Foto: Reprodução/Internet

Nas escolas da Finlândia as crianças aprendem o que fazer para identificar fake news nas redes sociais. Foto: Reprodução/Internet

Com informações do TheGuardian