ANS inclui remédio mais caro do mundo na cobertura dos planos de saúde

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Por Monique de Carvalho
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A ANS decidiu que o Zolgensma, o remédio mais caro do mundo, também será coberto pelos planos de saúde. - Foto: Pexels

O remédio mais caro do mundo, o Zolgensma, acaba de ser incluído na cobertura dos planos de saúde no Brasil. A medicação, que trata a Atrofia Muscular Espinhal (AME) estará disponível para pacientes no país ainda esta semana e pode ser recebida com indicação de um especialista.

A decisão foi tomada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) acompanha orientação do Ministério da Saúde, que incorporou o Zolgensma no Sistema Único de Saúde (SUS) em dezembro de 2022.

O Zolgensma também é considerado o único tratamento efetivo para a AME até o momento. A iniciativa foi muito comemorada por pais que lutam na justiça pelo direito do tratamento, que é dado ao paciente em uma dose única.

Incorporação nos panos de saúde

O Zolgensma começará a ser oferecido aos pacientes dos planos de saúde a partir da publicação da inclusão no rol de procedimentos no Diário Oficial da União (DOU), o que deve ocorrer ainda nesta semana, segundo a ANS.

Além do remédio mais caro do mundo, também passam a ter cobertura dos planos de saúde os medicamentos Dupilumabe, para o tratamento de pacientes adultos com dermatite atópica grave; Zanubrutinibe, para tratamento de pacientes adultos com linfoma de células do manto (LCM); e Romosozumabe, para o tratamento de mulheres a partir dos 70 anos com osteoporose na pós-menopausa.

O que é AME?

A Atrofia Muscular Espinhal (AME)  é uma doença genética rara e potencialmente fatal. O distúrbio neurológico afeta os nervos responsáveis pelo movimento dos músculos, resultando em uma progressiva perda de força muscular.

A atrofia possui algumas características, como:

  • é passada de pais para filhos;
  • é causada por alterações no gene que produz a proteína SMN – que protege os neurônios motores;
  • sem essa proteína, esses neurônios morrem e não mandam impulsos nervosos da coluna vertebral para os músculos;
  • isso interfere na capacidade de se mover, andar, engolir e até respirar. Pode levar à morte.

A doença varia do tipo 0 (antes do nascimento) ao 4 (segunda ou terceira década de vida), dependendo do grau de comprometimento dos músculos e da idade em que surgem os primeiros sintomas.

A AME acomete hoje 1 em cada 11 mil nascidos vivos.

Por que o Zolgensma?

A medicação, que é aplicada por via intravenosa, foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em setembro de 2020 e é produzida pela Novartis, uma empresa suíça de biotecnologia.

O Zolgensma é considerado o remédio mais caro do mundo, com um custo de cerca de R$ 7 milhões por paciente, o que o torna inacessível para a maioria da população.

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Cobertura do SUS

Em dezembro de 2022, a Comissão Nacional de Incorporação de Novas Tecnologias em Saúde (Conitec) deu parecer favorável à incorporação do Zolgensma, o “remédio mais caro do mundo” também pelo SUS.

A decisão foi anunciada pelo então ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, no Twitter e muito comemorada por familiares e pacientes com a doença.

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O Zolgensma é o único medicamento efetivo, capaz de interromper a AME. - Foto: Pexels

O Zolgensma é o único medicamento efetivo, capaz de interromper a AME. – Foto: Pexels

Com informações de ANS.