Começa mutirão nacional para dar documentos a brasileiros vulneráveis

Antonio Cruz / Agência BComeçou esta semana o mutirão nacional do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para dar documentos a brasileiros vulneráveis, que são invisíveis para o Estado. Quem vive em situação de rua por vezes não consegue ter o mínimo de assistência por falta de certidão de nascimento. Imagina?
Essas pessoas – que somam 2,7 milhões de brasileiros, segundo o IBGE – dependem da documentação civil para ter acesso a direitos básicos, como programas assistenciais, matrículas em escolas públicas e atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS).
“O que nós percebemos agora, com a pandemia, é que houve um acréscimo de população de rua, houve uma urgência de benefícios sociais”, o ministro Luís Felipe Salomão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), atual corregedor-nacional.
Vai até sexta-feira
A campanha vai até esta sexta-feira (12).
De acordo com o CNJ, o foco deve ser registrar as pessoas em situação de rua, grupo que aumentou 211% entre 2012 e 2022, segundo levantamento do Instituto de Pesquisas Econômicas e Aplicadas (Ipea).
De acordo com o estudo, há no Brasil mais de 230 mil pessoas sem-teto.
Indígenas também
Outras populações socialmente vulneráveis também são alvo da iniciativa, como os povos indígenas, ribeirinhos, refugiados e população carcerária.
O corregedor ressaltou que, para o mutirão, houve parceria entre CNJ e ministérios.
“Nós realizamos convênio com os ministérios do Desenvolvimento Social, do Trabalho, de modo que, a partir do registro e já ali mesmo no local, poderão ser encaminhadas para a capacitação e para um futuro emprego”, disse o ministro.
Este esforço concentrado deve se repetir ao menos uma vez por ano.
A “1ª Semana Nacional de Registro Civil – Registre-se!” integra o Programa de Enfrentamento ao Sub-Registro Civil e de Ampliação ao Acesso à Documentação Básica por Pessoas Vulneráveis, criado neste ano pela Corregedoria Nacional de Justiça.
Leia mais notícia boa
- Alfenas é a 1ª cidade brasileira a sancionar a Lei Padre Júlio Lancellotti
- Sai edital do Mais Médicos: 6 mil vagas abertas para regiões vulneráveis
- Cartórios online começam na semana que vem. Documentos mais rápidos
Mobilização
O CNJ mobilizou instituições e pessoas que trabalham com pessoas em situação de vulnerabilidade, como o padre Júlio Lancelotti, que presta auxílio à população de rua de São Paulo e é porta-voz da campanha nacional.
Segundo o CNJ, o mutirão contará com o apoio da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil) e demais associações de registradores civis para viabilizar a certidão de nascimento da população desprotegida social e economicamente.
Defensorias públicas e o Ministério Público também são parceiros da iniciativa, auxiliando na presença de registradores em praças públicas, por exemplo. As corregedorias-gerais dos tribunais de cada estado ficarão a cargo de fiscalizar e apresentar os resultados do mutirão.
 
    Com informações da Agência Brasil.

 Surfista salva jovem que se afogava em praia do ES; vídeo
Surfista salva jovem que se afogava em praia do ES; vídeo Menino brasileiro que recebeu tratamento CAR-T-Cell completa 1 ano sem câncer
Menino brasileiro que recebeu tratamento CAR-T-Cell completa 1 ano sem câncer Whindersson ajuda seguidora com crise de ansiedade e ensina técnica
Whindersson ajuda seguidora com crise de ansiedade e ensina técnica Mãe do menino Miguel se forma em Direito e promete “fazer justiça para outras crianças”
Mãe do menino Miguel se forma em Direito e promete “fazer justiça para outras crianças” Proibição de cobrança por bagagem de mão em voos passa na Câmara
Proibição de cobrança por bagagem de mão em voos passa na Câmara Melhora advogada que salvou família no incêndio em prédio do PR
Melhora advogada que salvou família no incêndio em prédio do PR