Como começar o ano novo com dívidas zeradas? Empréstimo pode ser a saída

A dois meses do fim do ano, as novas metas e sonhos começam a ser traçadas. E um dos itens da lista é, provavelmente, começar 2024 com as dívidas zeradas e mais tranquilo. A notícia boa é que dá para fazer isso sem passar grandes perrengues. As soluções? Um bom planejamento, organização financeira e, até mesmo, a possibilidade de um empréstimo.
E mesmo com tão pouco tempo para se planejar, ainda dá para se organizar financeiramente sim! O Só Notícia Boa conversou com um especialista em finanças para entender como isso é possível, por onde começar e o que analisar para não cair em ciladas.
O economista Vinícius Carmo falou sobre organização, reconhecimento da realidade financeira e, claro, as saídas mais eficientes. “O empréstimo é uma ferramenta útil, mas deve ser bem pensada e utilizada quando coerente com o planejamento financeiro”, contou.
Dá para zerar as dívidas em três meses?
O primeiro passo para saber se você conseguirá começar 2024 sem dívidas é saber exatamente o que você deve. Faça uma lista detalhada de todos os seus débitos, incluindo o valor, a taxa de juros e as datas de vencimento.
O economista explica que, caso sinta necessidade, dá sim para recorrer a um empréstimo.
“As mais básicas orientações vão apontar a necessidade de avaliar, primeiro, qual o emprego será destinado ao empréstimo, sendo fortemente desaconselhável recorrer a empréstimo para pagamento de contas de consumo corrente”, ressaltou.
Vinícius se refere a contas, como de água, luz, supermercado e despesas cotidianas. Nestes casos, é preciso ver se você não se enquadra no Programa Desenrola Brasil, que vai até 31 de dezembro, que oferece descontos e pagamento em parcelas.
Principais tipos de empréstimo
Antes de contratar um empréstimo aleatoriamente, é importante também entender as variações, já que cada tipo implica em uma forma de pagamento e um tipo de juros diferentes.
No Brasil, há vários tipos de empréstimos, sendo os principais:
- Cheque especial: é um “limite de confiança” que os bancos dão para correntistas. O valor médio da taxa de juros muda de uma instituição para outra. A média é de 7,98% ao mês, podendo chegar a 95,76% ao ano;
- Crédito Rotativo: também é um limite extra, dado em cartões. As taxas são bem elevadas e variam por instituição bancária de 300% a mais de 600% ao ano;
- Empréstimo online: cada vez mais popular, o empréstimo online permite que você faça a solicitação sem sair de casa. A análise de crédito e a liberação do valor costumam ser mais ágeis nesse tipo de empréstimo.
- Empréstimo com garantia: quando há um bem como garantia: automóvel e imóvel são os mais comuns. Se a dívida não for quitada, o bem é tomado pela instituição financeira;
- Empréstimo pessoal: é o mais comum e mais simplificado, feito através de corretoras. O empréstimo pessoal é um ótimo recurso para te ajudar lidar com despesas emergenciais;
- Empréstimo consignado: exclusivo para algumas categorias de assalariados, como aposentados pelo INSS, pensionistas, profissionais das forças armadas e funcionários públicos. A parcela é deduzida diretamente da folha de pagamento.
Qual o melhor tipo de empréstimo
O economista evita sugerir o melhor tipo de empréstimo pessoal, mas recomenda:
“Pesquisar junto às instituições financeiras as modalidades mais adequadas, verificar as possibilidades”.
Uma boa pesquisa sempre levará você para a melhor opção!
Leia mais notícia boa:
- Renegociação no Desenrola Brasil com até R$ 5 mil começa nesta segunda-feira (9)
- Cai taxa de juros do empréstimo consignado para aposentados; Entenda
- Aposentados e pensionistas vão pagar menos em juros de empréstimos do INSS
Empréstimo é seguro?
Quanto a dúvida, é comum, mas Vinícius confirma a segurança da transação.
“Sim, o empréstimo pode ser seguro desde que o valor adquirido via empréstimo, as taxas e as parcelas que resultam dessa combinação sejam adequadas e suportáveis pela renda”, afirmou Vinícius.
Ele diz que é preciso pensar no empréstimo pessoal como um adiantamento de renda futura, uma vez contraído passa a significar uma restrição à renda corrente.
“Desconsiderar esses parâmetros pode representar um risco, vez que o empréstimo pode significar sacrifício de consumo indispensável, colocando as famílias em situação complicada e perigosa”, disse Vinícius.
Decidindo se o empréstimo é a melhor solução
Vinícius sugere um raciocínio simples nesses casos.
Se você tem dívida com o cartão de crédito, ali os juros batem a 425% ao ano, o melhor é trocar os juros do rotativo pelo do empréstimo:
“Fazendo isso trocamos os juros do rotativo do cartão de crédito pelos juros de empréstimo pessoal, que são mais baixos que aqueles.”
Mesmo assim, é importante levar em consideração as seguintes dicas:
– Analise sua capacidade de pagamento: faça uma análise realista de sua capacidade de pagar as parcelas. Leve em consideração suas despesas fixas, outros compromissos financeiros e a estabilidade de sua renda.
– Compare as taxas de juros: faça uma comparação entre as taxas de juros oferecidas pelas diferentes instituições financeiras. Escolha aquela que oferece as melhores condições para o seu perfil.
– Considere outras opções: você pode buscar outras formas de obter a quantia de dinheiro necessária, como por exemplo, encontrar novas fontes de renda extra.
Como fazer o cálculo para o empréstimo
O economista alerta que apenas o próprio trabalhador sabe o quanto da renda dele pode ser comprometida com um empréstimo pessoal.
E adverte: é preciso reservar uma parte para as despesas cotidianas e mais as eventuais emergências:
“Jamais devemos comprometer os gastos e despesas correntes com parcelas de empréstimos pois essa manobra envolve alto risco financeiro e perigosa condição de endividamento”, afirmou Vinícius.
Também há dicas para não errar nesse momento. Leve em consideração:
– Valor total necessário: calcule exatamente quanto dinheiro você precisa para quitar suas dívidas ou realizar seu objetivo.
– Taxa de juros: cerifique a taxa de juros oferecida pela instituição financeira e calcule o valor total dos juros que você pagará
– Prazo de pagamento: determine em quantos meses você pretende pagar o empréstimo. Lembre-se de que prazos mais longos podem resultar em juros mais altos.
– Parcelas mensais: com base no valor total e no prazo de pagamento, calcule o valor das parcelas mensais. Verifique se elas cabem no seu orçamento mensal.
Ao realizar esse cálculo, você terá uma ideia clara de quanto dinheiro você realmente precisa e se o empréstimo é uma opção viável para você.
