Micoses graves terão três novos medicamentos para tratamento no SUS

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Por Vitor Guerra
Imagem de capa para Micoses graves terão três novos medicamentos para tratamento no SUS
O SUS incorpou três novos medicamentos que vão ajudar pacientes no tratamento contra micoses graves, gratuitamente. - Foto: Shutterstock.

O Sistema Único de Saúde, o SUS, incorporou três novos medicamentos para tratamento de micoses graves, gratuitamente, no sistema público. Agora, os três poderão ser obtidos gratuitamente por toda a população.

O Voriconazol, Isavuconazol e Anidulafungina são usados para combater infecções endêmicas e perigosas, que podem levar até a morte.

O investimento total para incorporação é de mais de R$ 36 milhões e levou em conta a necessidade de tratamentos mais efetivos contra essas infecções.

Perigo das micoses

As micoses são infecções causadas por fungos, cujos formas infectantes estão relacionadas ao bioma e a fatores climáticos, como solo, clima, umidade, altitude e vegetação.

Se não tratadas e controladas, as micoses podem evoluir para infecções graves, atingindo órgãos internos e levando à morte.

Além disso, as escamações na pele deixadas pelos fungos em situações de micoses, podem favorecer a entrada de bactérias nas feridas da pele.

Medicação Voriconazol

Segundo o Ministério da Saúde, a primeira aquisição é o voriconazol e custará mais de R$ 7,8 milhões aos cofres públicos.

O fármaco é recomendado para pacientes com aspergilose invasiva, uma infecção que ocorre quando o fungo filamentoso do gênero Aspergillus entra no organismo por meio da inalação de esporos com baixa imunidade.

A aspergilose é conhecida por apresentar sintomas como tosse persistente, presença de catarro ou sangue, dificuldade ao respirar, dor no peito, perda de peso e febre.

No Brasil, estima-se que ocorram aproximadamente 2.448 infecções.

Doença mucormicose

Já para combater a mucormicose, infecção de alta letalidade, o SUS investiu inicialmente mais de R$ 26,6 milhões para a compra do Isavuconazol.

Os fungos que transmitem a mucormicose podem ser encontrados em resíduos orgânicos em decomposição, como pão, frutas, matéria vegetal, alimentos contaminados e em fezes de animais.

Seres humanos são infectados por inalação, inoculação ou até mesmo ingestão dos esporos dispersos no ambiente.

Se não tratada, a taxa de mortalidade pode alcançar 100%. Com o novo medicamento, a infecção será controlada.

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Medicamento revolucionário

Por último, a anidulafungina, entra no SUS um medicamento considerado revolucionário para o tratamento de pacientes com candidemia e outras formas de candidíase invasiva.

O Governo vai investir, aproximadamente, R$ 2 milhões na aquisição do fármaco.

A candidíase sistêmica é uma infecção invasiva do sangue, que tem sido diagnosticada com bastante frequência no país.

A infecção é considerada grave, principalmente na falta do tratamento apropriado.

Os três novos medicamentos vão ficar disponíveis de graça no SUS. Foto: Gabriel Damasceno.

Os três novos medicamentos vão ficar disponíveis de graça no SUS. Foto: Gabriel Damasceno.