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“Short Friday”: nova tendência faz brasileiros sairem mais cedo do trabalho às sextas
5 de abril de 2024
- Karen Belém
O Short Friday, que permite uma jornada mais curta às sextas-feiras, já começou em algumas empresas brasileiras. - Foto: reprodução/Getty Images
O Short Friday, que permite uma jornada mais curta às sextas-feiras, já começou em algumas empresas brasileiras. - Foto: reprodução/Getty Images

Já pensou sair do trabalho mais cedo toda sexta-feira? Chamada de ‘Short Friday’ a nova tendência reduz a jornada de trabalho e antecipa o fim de semana dos funcionários.

Algumas empresas aqui no Brasil já promovem o Short Friday uma vez por mês, a cada quinze dias ou em todas as sextas-feiras.

Sobre o horário, umas liberam os colaboradores após o horário de almoço, após às 15h ou após às 16h. Gostou?

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Como é aplicado

Como o esquema não é regulamentado pela lei trabalhista, é a empresa que negocia com os funcionários sobre o horário de liberação ou se eles vão ter que compensar essas horas em outro dia da semana.

A ideia é diferente do ‘Day Off’, que é uma folga remunerada em qualquer dia da semana. É importante destacar que não é permitido descontar no salário as horas não trabalhadas sem acordo com o sindicato da classe.

A ideia é oferecer aos profissionais mais tempo para descanso e atenção aos compromissos pessoais.

Ela pode ser implementada de diversas maneiras para se adaptar às necessidades específicas de cada ambiente de trabalho.

Resultados positivos

A Islândia foi uma das pioneiras nesse tipo de jornada, e já destacou alguns benefícios, como maior engajamento dos funcionários e redução do estresse no ambiente corporativo.

Isso porque, com mais tempo para cuidar da vida pessoal, o profissional atua com a mente mais tranquila e tem um desempenho melhor, que reflete positivamente nos resultados.

No Brasil, empresas como Takeda e Bayer já adotaram o sistema, e seguem essa tendência global em direção a ambientes de trabalho mais humanizados.

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Jornada flexível

A busca por políticas mais flexíveis para os trabalhadores acontece nas organizações mais modernas.

A semana de quatro dias, por exemplo, é outra alternativa que tem ganhado a atenção de empresas.

Uma pesquisa da consultoria Mercer Marsh Benefícios mostrou que a maioria das empresas brasileiras já adota alguma forma de flexibilidade no trabalho, com 13% delas optando pelo “short friday”.

Com essas práticas, as empresas não apenas melhoram o bem-estar dos funcionários, mas também fortalecem uma imagem mais atrativa no mercado.

O que diz a lei

A legislação trabalhista brasileira não possui regulamentação específica para a “short friday”, o que deixa espaço para diferentes abordagens.

No caso da “short friday”, isso pode ser realizado através da compensação das horas ou como um benefício concedido pelo empregador.

Short Friday sem compensação

Se o empregador não solicitar a compensação, não é necessário alterar o contrato de trabalho.

Uma política interna é suficiente para implementar a medida.

É crucial ressaltar que, uma vez concedido o benefício, o empregador não pode voltar com a ideia sem a aprovação dos funcionários, desde que a política esteja prevista no contrato de trabalho, conforme explica Ana Gabriela Burlamaqui.

Com compensação de horas não trabalhadas

Caso a “short Friday” seja implantada com compensação das horas não trabalhadas, será necessário alterar o contrato de trabalho para formalizar o regime com as normas da Consolidação das Leis do Trabalho.

Essa é uma etapa importante para garantir a conformidade legal e a proteção tanto do empregador quanto dos funcionários envolvidos.

E você? Gostou da ideia?

 Se não tiver acordo com sindicatos, a jornada de trabalho é reduzida sem desconto salarial. - Foto: Stockstudio/Getty Images
Se não tiver acordo com sindicatos, a jornada de trabalho é reduzida sem desconto salarial. – Foto: Stockstudio/Getty Images

Com informações G1 e Onze

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