“Cometa do Diabo” poderá ser visto neste fim de semana no Brasil

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Por Karen Belém
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Não tem nada de maligno! O Cometa do Diabo recebe esse nome porque a cauda lembra um chifre. - Foto: Justin Wolff/Unsplas

Está chegando a hora! O “Cometa do Diabo”, também conhecido como 12P/Pons-Brooks, estará visível em todo o Brasil neste domingo (21/4). E pode ser que você consiga ver sem telescópio.

Nesta data, o cometa fica mais próximo do sol e atinge o maior pico de atividade, o que o deixa mais visível. Mas desde o dia 7 de abril, no Nordeste, já foi possível fotografar o espetáculo antes do pôr do Sol.

E não precisa ter medo por causa do nome, viu?! O cometa é do bem. Ele recebeu esse nome devido ao forte brilho e distorção na cauda, que se assemelha a uma ferradura ou chifre.

Será visível no horizonte oeste

Conforme o Observatório Nacional, a intensidade do brilho dos cometas pode ser imprevisível, por isso não dá pra atestar que será possível ver a olho nu.

Talvez seja necessário usar binóculos e telescópios para conseguir testemunhar o fenômeno.

O astrônomo Filipe Monteiro destaca que o cometa estará visível no horizonte oeste. Os observadores deverão olhar na mesma direção do pôr do sol.

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Pode ser um pouco difícil de ver 

O corpo celeste estará abaixo da constelação de Touro e, a partir de maio, abaixo da constelação de Órion, sempre por volta das 17h40 às 18h30.

Segundo Filipe, o desafio será encontrar um local com o horizonte oeste livre. Isso porque o cometa estará baixo no céu, a cerca de 15 graus de altura, o que é bem abaixo do céu.

Também será complicado ver durante os dias de Lua cheia, como na próxima terça-feira (23), devido ao brilho intenso do satélite que dificulta a visualização de objetos astronômicos.

De onde veio o nome 

Apesar do nome, o corpo celeste não tem nenhuma relação com mensagem maligna ou sobrenatural.

O nome “Cometa do Diabo” é um apelido recente. Veio a partir de uma observação feita pelo astrônomo Elek Tamás em 20 de julho de 2023, no Observatório Harsona na Hungria.

Ele notou um brilho significativamente maior no cometa, por causa de uma explosão e liberação de gás e poeira inesperada.

Foi isso que causou uma aparência parecida com uma “cauda” e o formato de chifre. Fim do mistério!

 A maior dificuldade para ver o planeta será encontrar um horizonte livre, já que o cometa está muito baixo no céu. - Foto: Caio Correia/Obercatório Nacion

A maior dificuldade para ver o planeta será encontrar um horizonte livre, já que o cometa está muito baixo no céu. – Foto: Caio Correia/Obercatório Nacion

Com informações do Correio Braziliense