Jovem da periferia é o novo diplomata brasileiro; Ministério das Relações Exteriores

Da favela ao Itamaraty, que vitória! Criado no Sol Nascente, no Distrito Federal, considerada a maior favela da América do Sul, esse jovem da periferia chegou ao topo do serviço público e conquistou a vaga de diplomata. O concurso para ingressar na carreira é apontado como um dos mais difíceis do país: são 230 candidatos por vaga para atuar no Ministério das Relações Exteriores (MRE).
William Placides, de 35 anos, enfrentou desafios desde a infância, mas jamais deixou de acreditar que poderia ir além. Desde pequeno, ouvia os conselhos da mãe, Dona Nina Toledo, que mesmo em situações adversas, falava para o filho que ele poderia ser o que quisesse.
“Minha história é diferente da de muitos dos meus colegas de profissão. Eu venho das periferias, conheci de perto a pobreza, a violência e as dificuldades de quem luta diariamente pela sobrevivência. Mas isso também me deu uma perspectiva única, uma sensibilidade necessária para entender o Brasil em sua complexidade”, disse em entrevista ao GPS Brasília.
Jornada difícil
A jornada até o topo foi difícil. William deixou São Paulo ainda criança. Acompanhado da mãe, se mudou para o Distrito Federal em busca de uma vida melhor.
Em uma casa simples, sem muita infraestrutura e cercados pela criminalidade, eles não se renderam às dificuldades. Os dois tinham a mesma visão: a educação pode mudar vidas.
Com uma bolsa integral pelo ProUni, se formou em Relações Internacionais na Universidade Católica de Brasília e, mais tarde, fez um intercâmbio na Áustria e uma experiência na Onu, em Genebra.
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Fala 3 línguas
O próximo passo até o Itamaraty era aprender línguas. No Centro de Línguas do DF, aprendeu inglês, francês e espanhol. As habilidades essenciais para o futuro na diplomacia já estavam na mão.
A rotina era muito exaustiva, mas ele nunca perdeu o foco. Trabalhando no sistema penitenciário para ajudar a família, ainda encontrava tempo para estudar.
Para revisar os conteúdos, William acordava às 3h da manhã: “Eu estudei das 3h às 7h da manhã por anos. Era o único tempo que eu tinha, entre o trabalho, o comércio e a responsabilidade com a família”, contou.
Sete anos e seis tentativas depois, ele conseguiu: foi aprovado no Itamaraty. “Eu sonhei mais alto. Demorou um pouco, mas chegou o momento. E para os jovens daquela idade, eu acho que replicaria esse conselho. Se eles sonharem e, assim, acreditarem, forem dedicados, poderão ser o que eles quiserem, como minha mãe repetia”,
Novo diplomata
Agora, oficialmente diplomata, William vai representar o Brasil no exterior, país que ele conhece muito bem.
Sobre sua história, ele espera que a mesma possa ser usada para inspirar outros.
“É bom que essas histórias existem para inspirar, de alguma maneira. Eu me lembro que eu adorava ler uma história de um médico que saiu de tal lugar e passou em Medicina, assim como o cara que foi gari e virou juiz. Eu achava maravilhoso. Eis que, de alguma maneira, a minha história poderá ser usada para inspirar de alguma forma essa juventude”, finalizou.

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