Brasileiro criado em assentamento do MST ganha bolsa de mestrado nos EUA

Aos 24 anos, esse brasileiro que cresceu em um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ganhou uma bolsa de mestrado nos Estados Unidos (EUA) e se prepara para ganhar o mundo.
Nascido e criado em um assentamento da reforma agrária na zona rural de Santa Quitéria, no interior do Ceará, o jornalista Antônio Rogério Bié foi selecionado para cursar o mestrado na Universidade do Estado do Arizona, com bolsa integral.
Formado pela Universidade Federal do Ceará (UFC), hoje ele faz parte da equipe de comunicação da Secretaria da Educação do Estado (Seduc) e aproveitou a oportunidade que apareceu durante o programa Jovens Embaixadores, promovido pela embaixada dos Estados Unidos.
Raízes no campo
Apesar de os pais dele não terem terminado o ensino fundamental, educação sempre foi prioridade em casa. “Eles sempre incentivaram, tanto eu como meus irmãos, a buscar na educação o caminho para essa mobilidade social”, explicou em entrevista ao O Povo.
No ensino médio, Antônio estudou na Escola Estadual Profissional Monsenhor Luís Ximenes Freire, onde conheceu o programa Jovens Embaixadores.
“Viajei aos Estados Unidos em 2019 e aquela vivência me fez querer estudar lá futuramente”, disse
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Do assentamento aos EUA
Para conseguir a bolsa, o jovem contou com o apoio do programa Oportunidades Acadêmicas, da rede Education USA.
Ele foi um dos dez selecionados entre mais de 360 candidatos em todo o Brasil.
O processo foi muito exigente. Ele teve que estudar para provas, além de escrever redações, preparar o currículo, gravar vídeos e pesquisar universidades que tinham bolsa de 100%.
“Eu dediquei muito tempo para ela, acordando de madrugada para fazer simulado. Todo o tempo que eu tinha de intervalo, eu estava estudando, seja no no ônibus, ou, então, no caminho para o trabalho: qualquer brechinha de tempo que eu tinha, eu estava estudando.”
Educação para transformar
Durante a graduação, o cearense desenvolveu vários projetos para o uso da mídia como uma ferramenta de transformação social.
Na hora de escolher o mestrado, isso foi fundamental.
“Como estudante de Jornalismo, tive a experiência bastante focada em usar cidadania digital, a educação midiática e, principalmente, o audiovisual como ferramentas de emancipação social, focado em amplificar as vozes de comunidades tradicionalmente marginalizadas. E eu queria seguir muito nessa área, então apliquei bastante para programas focados em jornalismo, audiovisual, mídias emergentes, documentário.”
Brilha Antonio Rogério!

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