Mulher é mãe aos 63 anos após menopausa e laqueadura: “quase impossível”

Uma decisão que não foi fácil, mas com certeza trouxe muita felicidade para a família! Uma mulher decide engravidar e ser mãe novamente aos 63 anos de idade. A história vem lá do interior de Minas Gerais, e tem chamado atenção do país.
Beatriz Barbara acabou de ter o terceiro filho, décadas depois de ter entrado na menopausa e passado por uma laqueadura. “Essa possibilidade era quase impossível”, disse ela, com o pequeno Caio nos braços, nascido no mês de março.
A história foi destaque no programa “Fantástico”, da TV Globo, dentro da nova série “Prazer, Renata – 60+”, que convida o público a repensar o que significa envelhecer. E Beatriz tem mostrado que, para ela, a idade não é um limite, é apenas um detalhe.
Maternidade depois dos 60
Beatriz enfrentou mais do que os desafios físicos de uma gestação na terceira idade. Ela também encarou o julgamento de muitas pessoas, inclusive de desconhecidos. “Falam que é egoísmo. Que a gente vai morrer, vai faltar, vai deixar o filho sem mãe”, conta.
Mas a mineira de Três Pontas não se abala com os comentários. Com serenidade, ela responde: “A gente não sabe dos planos de Deus. Já que Ele me deu esse bebê, Ele vai deixar a gente conviver por muito tempo.” Para ela, Caio é um motivo a mais para cuidar da saúde, buscar uma vida longa e cheia de afeto.
A gestação foi acompanhada com responsabilidade médica e muito apoio familiar. O bebê chegou ao mundo saudável e cercado de amor. E para Beatriz, o nascimento do caçula foi também um renascimento pessoal. “Ser mãe de novo me dá forças. Eu me sinto viva, inteira e cheia de planos”, diz, emocionada.
Leia mais notícia boa:
- Novo chá de bebê: amigas ajudam a fazer comida para a futura mamãe e arrumar a casa; vídeo
- Após 21 tentativas mulher consegue ser mãe aos 54 anos. Inspiração!
- Mulher cega e mãe de cinco filhos, realiza sonho e se forma aos 47 anos na faculdade
Nova geração de idosos
O caso de Beatriz é um exemplo poderoso das transformações que o envelhecimento tem trazido ao Brasil. O país vive um momento histórico: pela primeira vez, há mais idosos do que jovens entre 15 e 24 anos. E até 2030, as pessoas com mais de 60 anos vão ultrapassar o número de crianças e adolescentes.
Segundo o médico gerontologista Alexandre Kalache, de 79 anos, o envelhecimento não é mais sinônimo de fim. “O que eu ganhei ao longo da vida não são anos de velhice, são anos de vida”, afirma também ao Fantástico.
A pesquisadora Layla Vallias, que estuda o impacto da longevidade, reforça essa ideia. “A palavra antes era se aposentar da vida. Hoje, as pessoas idosas estão fazendo novas escolhas, assumindo novos papéis. E isso inclui estudar, trabalhar, amar… e até ter filhos.”
A gravidez de Beatriz foi possível graças a uma fertilização in vitro, feita com óvulo doado por uma mulher jovem e o sêmen do marido, Éder, de 35 anos.
“A idade pode marcar o tempo no calendário, mas não define o tamanho dos nossos sonhos”, finalizou a mãe.
