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Gêmeas siamesas separadas recebem alta e voltam para casa, após 3 meses internadas

Rinaldo de Oliveira
13 / 08 / 2025 às 10 : 20
As gêmeas siamesas Yasmin e Eliza receberam alta médica e voltaram para o Amazonas, 3 meses após a cirurgia para a separação das irmãs. - Foto: Secom
As gêmeas siamesas Yasmin e Eliza receberam alta médica e voltaram para o Amazonas, 3 meses após a cirurgia para a separação das irmãs. - Foto: Secom

As gêmeas siamesas Yasmin Vitória e Eliza Vitória finalmente receberam alta médica, neste fim de semana, e voltaram para casa, 3 meses após a cirurgia para a separação das irmãs.

As duas irmãs ficaram 107 dias internadas no Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad). Na saída delas, os profissionais formaram um corredor de aplausos e cantaram parabéns pelo quarto mês de vida das meninas.

Emocionada e grata, a mãe que atravessou a Amazônia para separar as gêmeas siamesas em Goiânia (GO), disse que ‘Faria tudo de novo’.

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Unidas pelo tórax

As gêmeas Eliza Vitória e Yasmin Vitória nasceram unidas pelo tórax e abdome.

Ainda grávida, a mãe das meninas deixou o povoado de Ererê, em Monte Alegre (PA) para salvar Elizandra Henrique da Costa.

Ela viajou mais de 670 quilômetros pela floresta amazônica para encontrar tratamento especializado para as filhas.

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A descoberta

Elizandra descobriu a gravidez em julho de 2024, mas logo a alegria deu lugar à preocupação. Ela e o marido, Marcos Oliveira, souberam por exames que as bebês estavam unidas pelo tórax e abdômen.

Como não havia como tratar das me ninas na cidade do interior paraense, a mãe teve de viajar quatro dias de barco até a capital amazonense.

Lá, Elizandra encontrou apoio na maternidade Ana Braga, referência em partos de alto risco pelo SUS.

Cesariana inédita

No dia 9 de abril de 2025, nasceram Eliza Vitória e Yasmin Vitória, por meio de uma cesariana inédita no hospital.

No dia 24 de abril, as quatro embarcaram em uma UTI aérea para Goiânia, para a cirurgia de separação no Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (HECAD), referência em separação de gêmeos siameses.

A equipe médica apressou a cirurgia quando Eliza começou a ter complicações graves. “Ela quase não fazia xixi e teve um problema respiratório sério”, explicou o cirurgião pediátrico Zacharias Calil ao Fantástico.

No dia 13 de maio as meninas foram separadas em um procedimento delicado, que durou seis horas, e teve a participação de 20 profissionais.

A separação das siamesas

As meninas compartilhavam o fígado, o pericárdio e até a cavidade cardíaca.

Os médicos dividiram os órgãos e separaram os ossos do tórax.

A cirurgia foi considerada um sucesso. “Nunca perdi a fé de que elas iam sair com vida do centro cirúrgico e bem recuperadas”, disse a mãe, emocionada.

Eliza se recuperou rapidamente, mas Yasmin enfrentou complicações, incluindo uma cardiopatia.

Recuperação demorada

As gêmeas ficaram 2 meses na UTI,. Elizandra e a mãe dela, Eliana, se revezavam em cadeiras ao lado das bebês.

Após a alta do último fim de semana, Yasmin ainda vai precisar de cuidados especiais e medicamentos para o coração hipertrofiado.

Ao chegarem em Manaus, o pai, Marcos, que ainda não tinha visto as filhas após a cirurgia, recebeu Eliza e Yasmin emocionado.

Foi exatamente no Dia dos Pais e ele agradeceu pelo presente:

“Melhor presente que um pai pode ter numa data dessas. É muita felicidade!”, disse.

 

O exame mostrava as gêmeas siamesas unidas pelo tórax, antes da cirurgia de serapação. - Foto: reprodução/Fantástico
O exame mostrava as gêmeas siamesas unidas pelo tórax, antes da cirurgia de serapação. – Foto: reprodução/Fantástico
As gêmeas siamesas com os pais após a alta médica e o retorno ao Amazonas. — Foto: Secom
As gêmeas siamesas com os pais após a alta médica e o retorno ao Amazonas. — Foto: Secom
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