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Pela 1ª vez, time brasileiro arrasa no mundial do Dota 2 na Alemanha e ganha bolada

Rinaldo de Oliveira
15 / 09 / 2025 às 15 : 14
Igor Furtado, morador de Brasília é técnico do time brasileiro de game Top6 na finalista mundial do Dota 2 na Alemanha. - Foto: reprodução/redes sociais
Igor Furtado, morador de Brasília é técnico do time brasileiro de game Top6 na finalista mundial do Dota 2 na Alemanha. - Foto: reprodução/redes sociais

Um dia para ficar na história dos players do Brasil. Pela primeira vez, um time brasileiro chegou à final do mundial do Dota 2 na Alemanha e ficou entre os 6 melhores do mundo. Isso nunca tinha acontecido antes. O jogo é tão difícil que é comparado a um xadrez de computador, por exigir muita estratégia.

A equipe HEROIC, comandada por Igor Furtado Guimarães Estevão, que mora em Brasília, é formada por 2 brasileiros, 1 peruano, 1 boliviano e 1 nicaraguense. Eles ficaram no Top 6.

“O Igor é o coach do time, o técnico, comanda todo o time”, contou toda orgulhosa a mãe dele, Tania Cristina Furtado, em entrevista ao Só Notícia Boa.

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A grande final

A Pvision, outra equipe tem um brasileiro como instrutor, o Astini – que trabalha com jogadores russos – ficou no top3. Juntos, os dois times conquistaram mais de R$ 2 milhões em premiações ( US$ 379 mil).

O The International 2025 terminou no último fim de semana e a grande campeã da edição a Team Falcons, equipe árabe que levou US$ 1,153 milhão em premiação, mais de R$ 6 milhões em conversão direta.

Representando a América do Sul, a HEROIC fechou a fase de grupos com 3 vitórias e 2 derrotas, em uma chave extremamente equilibrada, informou o MaisEsports.

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O que é o Dota 2

Dota 2 é um videogame multiplayer online battle arena (MOBA). Nele, duas equipes de cinco jogadores competem para se defender e destruir uma grande estrutura defendida pela equipe adversária conhecida como “Ancient”.

Lançado em 2013, o jogo é uma sequência de Defense of the Ancients, uma modificação criada pela comunidade para o jogo Warcraft III: Reign of Chaos, da Blizzard Entertainment, explica o Wikipedia.

A decisão deste fim de semana, realizada em Hamburgo, Alemanha, marcou o segundo ano consecutivo de crescimento na audiência do torneio, atingindo mais de 1,77 milhão de espectadores simultâneos, de acordo com dados do Esports Charts.

História do Igor Furtado

A família do Igor @kaffurtado é de Unaí (MG) e veio morar em Brasília há 3 anos porque os filhos passaram em faculdades da capital federal. Igor foi cursar Engenharia na UnB, Universidade de Brasília.

A mãe confessa que ficou receosa quando o filho disse ia entrar no mundo dos games.

“Eu apoiava, mas duvidava. Ele era muito inteligente e aos 17 anos passou no vestibular da UNB para engenharia mecatrônica. Ficamos bem felizes e ele foi para universidade. No meu entendimento de mãe ali, ele iria começar a deixar o jogo de Dota 2, que era a atualização do primeiro jogo que era o dota 1”, lembrou Tânia.

E na hora de estudar? “Fazia uma faculdade difícil de engenharia e jogava ao mesmo tempo. Ele pegava menos matérias pra sobrar tempo para jogar rsrs”, disse a mãe.

O início como player

A família, que morava no interior de Minas, não tinha computador.

“Só consegui comprar o primeiro computador para casa quando ele tinha em torno de uns 8 anos. Na época era caro então foi um para casa toda. Ele começou a jogar no meu, de trabalho, mas outros jogos. Foi somente com uns 11 anos que ele conheceu o dota 1 que foi o primeiro a ser lançado. Ele se apaixonou pelo jogo

Entre uma atualização de outra do jogo, a paixão de Igor foi crescendo.

“Desde os 13 anos [ele dizia] que o sonho dele era viver do jogo que ele amava. Eu como mãe me preocupava porque eu não via como isso iria acontecer, mas sempre fui uma mãe que deixei meus filhos sonharem, somente não acreditava justamente porque não havia incentivo no país.

Como entrou no time

E logo apareceu um convite para Igor jogar. “Quando estava na metade do curso [na faculdade] chamaram ele pra deixar tudo que um cara de São Paulo ia montar um bootcamp e colocar um time pra treinar, bancado por ele.

Os pais não deixaram Igor e fizeram um trato com o filho

“Ele ficou bem triste, mas entendeu. Ali nós fizemos um acordo: ele terminaria a faculdade e quando ele terminasse, poderia buscar o sonho dele do jeito que ele quisesse. Ele concordou e ficou acertado assim”. E o coração dos pais estava certo.

Foi para Singapura

O bootcamp não deu certo. Tempos depois, quando terminou a faculdade, Igor se classificou com um amigo, chamado Analog, para um torneio em Singapura.

“Eles foram com tudo pago pela organização do campeonato.”

Apesar de terem ficado entre os últimos colocados, Igor e o amigo chamaram a atenção.

“Ele foi chamado por uma organização americana, a EG, para ser assistente de um coach. Acredito que ele deve ter ganhado visibilidade lá no campeonato. Daí ele começou e o Analog foi para outro time” lembrou a mãe.

A ida para a Heroic

Nisso a Heroic, que é uma organização norueguesa/dinamarquesa forte em country strike, resolveu juntar os amigos, jogadores sul americanos, que se destacavam e investir neles.

“Eles jogaram no ano passado já pela Heroic. E no primeiro ano já conquistaram pela primeira vez um campeonato com premiação de 1 milhão de dólares pela primeira vez em um time sulamericano. Mas era um campeonato intermediário”, disse

E esse ano eles os brasileiros conseguiram o quinto/sexto lugar do mundial, o que nunca tinha acontecido com um time brasileiro.

Veja a emoção do Igor na premiação do time brasileiro na final Dota 2, na Alemanha:

 

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