Largar o cigarro: é “menos difícil” com apoio de quem gosta de você

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Comercial
Hoje vou falar de um cara que ficou 15 anos sem fumar, virou geração saúde nas academias, e numa dessas escorregadas da vida, lá estava ele fumando de novo…repito, 15 anos depois.
O cidadão era daqueles que fumavam até durante o banho (rs) e incomodava muita gente.
Mas foi atingido pela pressão externa, do então governo de Paulo Maluf na prefeitura de São Paulo, que proibiu fumar em shoppings, restaurantes e locais fechados da capital.
Foi difícil, mas ele parou de fumar, com apoio da então namorada, que também largou o vício na época.
Recentemente, esquecendo o lema do AA “Só por hoje”, ele fumou por farra, com um amigo, numa dessas noitadas de descontração e bebida.
Se achando dono de si, e com o vício pra lá de dominado, ele passou a fumar de vez em quando os cigarros que o amigo tinha esquecido no carro.
Quando percebeu já estava comprando maços novamente e fumando escondido da família.
Fazia como adolescentes, que tentam esconder o vício dos pais: passava perfume no carro, limpava as mãos com lenço umedecido antes de entrar em casa e comia amendoins para tentar esconder o mau hálito de fumaça.
Até que foi surpreendido pela filha, de 11 anos, que encontrou um maço de Marlboro dentro da bolsa do pai.
E como se fosse adolescente o novo-velho fumante levou um sermão da criança, que terminou com um abraço caloroso dizendo: “Eu não quero que você morra. Eu te amo e só tenho você como pai.”
Doeu como um soco na barriga e ele prometeu à filha amada que iria parar.
A pancada seguinte veio dos colegas de trabalho, que perceberam nele o danado cheiro de cigarro. Logo que ele que usa só perfumes caros.
Houve quase uma esteria em desaprovação.
Todos começaram a gritar
-“Você fumando?”
– “O que? Eu não acredito”
– “nossa! Você um cara tão cheiroso, fumando?”
E ele foi se sentindo diminuido, envergonhado, constrangido por estar se matando voluntariamente.
Mais pressionado do que 15 anos atrás ele decidiu mudar o curso da história.
Pegou o maço de cigarros e o fósforo, deu para uma das colegas de trabalho e disse em público que estava largando o cigarro.
Conto essa história pra mostrar como é importante o apoio da família e das pessoas que gostam de você para ajudar largar a porcaria do cigarro. E que me perdoem os pobres suínos.
Agora é ficar esperto e nunca esquecer o lema do AA “Só por hoje”, ou seja, em vez de tomarmos decisões para a vida toda, limitemo-nos a fazer propósitos por um dia apenas, justamente o dia que vamos evitar tocar no cigarro, no álcool, e outras drogas que causam dependência.
Ah, esse cara da história sou eu.
Bjs filhota e meninas da Band!
Rinaldo de Oliveira
rinaldo@sonoticiaboa.com.br