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Álcool moderado aumenta a vida de quem teve ataque cardíaco: até 2 cervejas por dia pode!

Rinaldo de Oliveira
29 / 03 / 2012 às 00 : 00
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Nova pesquisa publicada esta semana no periódico European Heart Journal, revela que consumir bebida alcoólica moderadamente faz bem para homens que sobreviveram a um ataque cardíaco, ou seja, pode diminuir o risco de morte.

A medida considerada ideal é de 10 a 30 gramas de álcool por dia: até 3 taças de vinho, ou até 2 latas e meia de cerveja, ou até duas doses de destilados, como whisky. Essa quantidade pode reduzir o risco de morte em até 42%. O estudo faz parte do Health Professionals Follow-up Study, uma série de levantamentos sobre a saúde masculina feita pela Faculdade de Saúde Pública de Harvard.

Outros trabalhos já tinham relacionado a ingestão moderada de bebida alcoólica à diminuição de mortes e doenças do coração, mas ainda não estava claro se o hábito poderia beneficiar os indivíduos que já sofreram ataques cardíacos.
Dos 51.529 homens que participaram do estudo da Faculdade de Saúde Pública de Harvard, a equipe selecionou e acompanhou 1.818 indivíduos que haviam sobrevivido ao primeiro ataque cardíaco entre 1986 e 2006.
A cada quatro anos, os participantes foram questionados sobre consumo de álcool, hábitos alimentares e outros fatores de estilo de vida, como se fumavam, ou qual era o peso de cada um. 
Nesse período de 20 anos da pesquisa, foram registradas 468 mortes.
Os homens foram divididos em quatro grupos de acordo com a quantidade de bebida alcoólica que consumiam por dia: 
- abstêmios: até 10 gramas de álcool (ou cerca de uma taça de vinho); 
- moderados: de 10 a 30 gramas de álcool (cerca de até três taças de vinho, até duas latas e meia de cerveja ou até duas doses de destilados); 
- e excessivos: que beberam mais de 30 gramas de álcool. 
Os pesquisadores descobriram que esses consumidores moderados, que, de maneira geral, bebiam até duas doses de bebida alcoólica ao dia, apresentaram um menor risco de morrer após sofrer um ataque cardíaco pela primeira vez do que os abstêmios e do que os que ingeriam mais do que 30 gramas de álcool ao dia. Comparados aos abstêmios, o risco de morte dos consumidores moderados em decorrência de problemas cardiovasculares entre foi 42% menor e 14% menor devido a qualquer outra causa. 
Segundo o estudo, o tipo ingerido de bebida não alterou os resultados.
De acordo com a coordenadora do estudo, a professora Jennifer Pai, as conclusões dessa pesquisa mostram que o consumo moderado de álcool a longo prazo entre homens não só os protege de um ataque cardíaco mas também aumenta a sobrevida daqueles que sobreviveram a um.
Quem é abstêmio não é beneficiado por esses efeitos positivos e quem bebe excessivamente, além de não se beneficiar, é extremamente prejudicado. "Nossos resultados mostram que o maior benefício atingiu quem bebeu quantidades moderadas. Os efeitos adversos à saúde do consumo excessivo são bem conhecidos, e incluem pressão arterial elevada e função cardíaca reduzida, por exemplo", afirma Jennifer.
De acordo com a equipe de pesquisadores, as conclusões também corroboram as recomendações da Sociedade Europeia de Cardiologia sobre ingestão de bebida alcoólica. 
O órgão indica o consumo de 10 a 30 gramas de álcool ao dia para homens que sofreram de problemas cardíacos, mas alerta que a ingestão excessiva da bebida é nociva e que, mesmo em quantidades moderadas, esse hábito deve ser acompanhado por um médico.
Detalhes na Exame.

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