Parkinson: cadeira vibratória pode aliviar sintomas da doença

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Cientistas norte-americanos adaptaram uma pesquisa feita no século XIX, pelo francês Jean-Martin Charcot, considerado um dos pais da neurologia moderna, e conseguiram aliviar sintomas do Mal de Parkinson.
Depois de conversar com seus pacientes que sofriam de Parkinson, e ouvir que os sintomas desconfortáveis e dolorosos da doença passavam após longas viagens de trem ou carruagem, Charcot teve a ideia de construir uma cadeira vibratória, que copiava o balanço constante dos veículos.
Mas o francês morreu pouco tempo depois sem detalhar o estudo.
Agora, um grupo de cientistas do Centro Médico da Universidade Rush, nos Estados Unidos, replicou o experimento e testou seus benefícios usando os parâmetros científicos atuais.
A pesquisa, que foi publicada na edição deste mês do Journal of Parkinson’s Disease, mostrou que a cadeira de fato aliviava os sintomas da doença.
Para testar os benefícios da tecnologia, a equipe da universidade selecionou 23 pacientes com a doença, e os colocou aleatoriamente para sentar ou em cadeiras normais ou em cadeiras vibratórias, que emulavam a invenção do século XIX.
“Nós tentamos copiar o protocolo de Charcot com equipamentos modernos, para confirmar ou refutar sua observação histórica”, disse Christopher Goetz, coordenador do estudo.
Durante cada sessão de 30 minutos na cadeira, os voluntários ouviram um CD com sons da natureza, para ajudá-los a relaxar.
O tratamento, diário, durou um mês.
Como resultado, os pacientes que sentaram na cadeira vibratória apresentaram uma grande melhoria em suas funções motoras.
Já os pacientes que sentaram nas cadeiras normais mostraram um grau um pouco menor de melhora, mas ela ainda foi significativa.
Os dois grupos sentiram benefícios em relação à depressão, ansiedade, fadiga e horas de sono, além de terem se mostrado satisfeitos com o tratamento.
“Nossos dados sugerem que tanto os estímulos sensoriais auditivos somados ao relaxamento numa cadeira, como a simples participação na pesquisa podem ter benefícios equivalentes à vibração na função motora dos voluntários”, disse Goetz.
Com informações da Veja.