Cuidado com refinanciamento de dívidas no BB: a redução nos juros é anulada pela cobrança do IOF

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Comercial
Esta não é exatamente uma boa notícia! Mas é um alerta, para o consumidor abrir o olho.
Os Bancos púbicos fizeram alarde: gastaram rios de dinheiro em propaganda para anunciar que tinham baixado as taxas de juros.
O consumidor endividado, feliz da vida, fez uma corrida aos bancos. Mas na hora de renegociar empréstimos pessoais e consignados, muita gente tem saído decepcionda das agências.
Acontece que em vários desses casos, a queda dos juros anunciada com festa não vale absolutamente nada, na ponta do lápis, principalmente no Banco do Brasil, que não reduziu tanto os juros quanto a Caixa Econômica Federal.
Uma cliente do Banco do Brasil, ouvida pela equipe do SoNoticiaBoa, tentou renegociar um empréstimo de R$ 2.800, feito em 18 prestações em 2011, a uma taxa de quase 7 por cento ao mês.
No banco ela ficou sabendo que a nova taxa baixaria para até 5,9 % mas descobriu que pra fazer o negócio teria pagar IOF, Imposto sobre Operações Financeiras.
Quando viu que com o imposto sua dívdia ficaria na mesma, tomou uma decisão acertada, segundo o economista Roberto Piscitelli: ela decidiu pegar um empréstimo na CEF, que tem juros bem menores, para quitar a dívida com o Banco do Brasil, que não ofereceu vantagem na negociação.
Outro correntista que tentou renegociar dois empréstimos, um consignado, e outro de CDC, também saiu da agência do Banco do Brasil sem fazer o negócio por causa do IOF.
Na verdade boa parteda culpa dessa confusão é do o governo federal, que fez o serviço pela metade: forçou os bancos a baixarem os juros, mas não reduziu o IOF.
E esse imposto dá uma mordida tão grande no seu dinheiro, no pedido de refinanciamento, que o valor total da divida volta a crescer novamente, e o negócio deixa de valer à pena.
Pergunte ao seu gerente do banco que ele vai te confirmar.
Aí o cliente que pediu dispensa do trabalho, ou perdeu a hora do almoço na ilusão de resolver seu problema financeiro, sai da agência decepcionado, ou bravo.
O curioso é que o IOF subiu na época em que o governo federal queria conter o consumo e a alta da inflação, exatamente o oposto do que tenta fazer agora que a crise internacional ameaça as economias de países pobres e ricos.
Mas o mesmo Ministério da Fazenda, que aumentou a alíquota do imposto, não reduziu agora.
Em outras palavras, quem está ganhando e muito com as negociações feitas com “queda de juros” dos bancos públicos, é o governo federal e sua mordida no IOF, imposto que não é devolvido se o cliente quiser mais tarde quitar sua dívida renegociada.
Esta matéria do SoNotciaBoa é pra que você abra o ollho, antes de cair na tentação de diminuir o valor da sua dívida, porque em vários casos, repito, não está valendo a pena. Quando, e se o governo baixar o IOF, a gente anuncia aqui rapidinho e te avisa!