Vacina contra a Aids: testes em humanos começam nas próximas semanas

cientista
Comercial
Erwann Loret foto/AFP
Os primeiros testes clínicos, em humanos, da vacina contra a Aids, começam nas próximas semanas em Marselha, no sul de França.
As experiências vão contar com a colaboração de 48 voluntários soropositivos e prometem trazer uma nova esperança na luta contra o HIV.
O anúncio foi feito esta semana pelo coordenador da pesquisa, Erwann Loret.
O teste clínico foi autorizado dia 24 de Janeiro pela Agência Nacional de Segurança do Medicamento (ANSM) de França.
Os pesquisadores esperam que a vacina venha a substituir os coquetéis de antirretrovirais, cujos efeitos colaterais são muito incômodos.
Segundo Loret, “o alvo [da vacina] é uma proteína denominada Tat (transativador de transcrição viral)”, que funciona como uma espécie de “guarda-costas das células infetadas”.
Quando esta proteína assume o organismo não consegue nem reconhecê-la, nem neutralizá-la, e é este fato que a vacina tentará reverter.
Os primeiros resultados preliminares deverão ser conhecido dentro de cinco meses, portanto até o meio do ano.
Os participantes vão ser vacinados três vezes, com um mês de intervalo entre cada dose e, em seguida, deverão suspender o tratamento durante dois meses.
“Se após estes dois meses, a taxa de vírus no sangue for indetectável”, então o estudo terá cumprido os critérios estabelecidos pela Onu/Aids, explicou Loret, citado pela AFP.
Apesar de se tratar de um anúncio animador, o especista defendeu que é necessário cautela, já que a vacina não tem sucesso garantido e que “atualmente estão sendo realizados no mundo pelo menos 25 testes com vacinas anti-VIH”.
Ele disse que a vacina não representa o fim da Aids.
“É preciso sermos prudentes com as mensagens que transmitimos aos pacientes e ao grande público”.
Em 2011, 34 milhões de pessoas viviam no mundo com HIV e 2,5 milhões contraíram o vírus.
Desde que foi descoberta, a Aids causou mais de 30 milhões de mortes e estima-se que, a cada ano, 1,8 milhões de pessoas percam a vida devido à doença, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Menino brasileiro que recebeu tratamento CAR-T-Cell completa 1 ano sem câncer
Pesquisa confirma: amamentar reduz risco de câncer de mama agressivo
Vitamina K pode ser usada contra Alzheimer e Parkinson, descobrem cientistas do Japão
Cientistas criam vacina contra doença que mata elefantes selvagens e em cativeiro
Colírio que corrige visão de perto começará a ser vendido este ano; aprovado nos EUA
Comer arroz com feijão reduz risco de doenças, confirma novo estudo
Melhora advogada que salvou família no incêndio em prédio do PR
Whindersson ajuda seguidora com crise de ansiedade e ensina técnica
Mãe do menino Miguel se forma em Direito e promete “fazer justiça para outras crianças”
Surfista salva jovem que se afogava em praia do ES; vídeo
Proibição de cobrança por bagagem de mão em voos passa na Câmara