Marcha das Vadias: exemplo de protesto pacífico colorido e bem humorado

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Comercial
Fotos: Correio Braziliense e SnB
Por Rinaldo de Oliveira
Ontem tive a felicidade de cobrir pela Band a Marcha das Vadias, em Brasília.
As 3 mil pessoas que caminharam pelas ruas da capital federal deram um exemplo de como chamar a atenção com um ato absolutamente pacífico.
O nome pode soar estranho: Marcha da Vadias – elas se pintam como vadias, usam roupas provocantes e algumas tiram a parte de cima da blusa – mas é pra protestar contra o machismo, abusos sexuais e morais.
A passeata começou em 2011 no Canadá, contra o estupro, ganhou o mundo, teve neste sábado “ares de família” em Brasília.

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Além de mulheres e homens, crianças também participaram com seus pais.
As pessoas caminharam pelas áreas consideradas mais violentas para as mulheres no centro da cidade.
A bandeira do movimento é a segurança da mulher, mas este ano elas também protestaram contra Contra Estatuto do Nascituro, que dá direitos aos fetos, e cria o chamado bolsa estupro.

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A terceira marcha das vadias em Brasília teve apoio de grupos homossexuais.
Juntos eles criticaram o deputado Marcos Feliciano, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, onde foi aprovada a proposta da chamada Cura Gay, considerada um absurdo pelos integrantes do movimento.
“Se ser gay é doença, quero atestado médico”, “Feliciano, quem foi que despedaçou seu coração?” “Cura de gay é r…. “, diziam alguns dos cartazes bem humorados da Marcha.
A passeata, programada há 2 meses, antes dos protestos que tomaram conta do Brasil nas últimas semanas, terminou com um ato em frente ao Congresso Nacional, também absolutamente pacífico.
E as participantes da marcha expulsaram com cornetas um homem que tentou bancar o engraçadinho.
Veja mais na reportagem que fiz para o Jornal da Band: