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Britânico reverte diabetes tipo 2 com dieta de 800 calorias por dia

Rinaldo de Oliveira
14 / 08 / 2013 às 00 : 00
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Na Grã-Bretanha, mais um caso de sucesso na reversão do diabetes tipo 2 voltou a chamar a atenção para a teoria, de que por meio de uma dieta de restrição calórica, feita por um período determinado de tempo, é possível se livrar da condição que afeta cada vez mais pessoas em todo o mundo.
O jornalista britânico Robert Doughty, de 59 anos, que até o ano passado estava entre os 371 milhões de portadores do diabetes no mundo, reverteu o quadro da própria condição com uma dieta de apenas 800 calorias por dia.

Num período de apenas 11 dias, Doughty enfrentou o duro regime de ingerir três doses diárias de shakes de reposição alimentícia com 200 calorias cada, somada a uma porção de legumes e vegetais de mais 200 calorias.

Como parte da dieta, ele também teve que tomar um total de três litros de água por dia.
O drástico regime, que para efeito de comparação tem menos calorias do que apenas um dos lanches vendidos pela rede de fast food McDonalds – o Big Tasty tem 843 calorias – não foi “nada fácil de enfrentar”, contou o jornalista em entrevista à BBC Brasil.
“Frequentemente me sentia muito cansado… Uma noite, depois de ir ao teatro, quase não consegui subir as escadas da minha estação local de trem, e caminhar para casa parecia praticamente impossível. Também sentia muito frio, chegando a colocar quatro camadas de roupa no meio do verão, quando sentia meus dedos ficarem dormentes”, disse o jornalista.
Doughty seguiu a dieta depois de procurar na internet estudos referentes ao diabetes tipo 2.
Antes de começar o regime, ele procurou o pesquisador Roy Taylor, da Universidade de Newcastle, autor da teoria da dieta de 800 calorias, além do próprio médico, de quem obteve o aval para cortar as calorias diárias.
Ele já havia tentando uma dieta considerada menos radical, com cerca de 1.500 calorias por dia, com a qual emagreceu, mas não reduziu a glicose no sangue para o nível adequado.
A doença
No caso da diabetes tipo 2, a condição está fortemente associada à obesidade, uma condição que se alastra em todo o mundo.
Foi justamente a associação com a gordura que intrigou professor Roy Taylor, da Universidade de Newcastle, no norte da Inglaterra, quando iniciou seus estudos sobre o diabetes tipo 2 há dois anos.
Ele notou que pacientes que se submetiam à cirurgia para redução de estômago passavam por um período de transição, logo após a cirurgia, de redução drástica da quantidade de calorias ingeridas.
“Até se acostumarem com a redução do próprio estômago, os pacientes comiam muito pouco, porque se sentiam saciados muito rápido e tinham náuseas. Com isso eles perdiam muito peso, num espaço de tempo bem curto”, afirmou Taylor em entrevista à BBC Brasil.
Passados alguns meses depois do emagrecimento, o pesquisador notou que a maioria dos pacientes que tinham diabetes tipo 2 tinham se livrado da condição.
Todos eles tinham algo em comum: haviam perdido uma grande quantidade de gordura na região abdominal.
Estudos preliminares mostraram, então, que esse tipo de gordura, localizada na barriga, próxima de órgãos como o pâncreas e o fígado, tinha uma associação com o desenvolvimento do diabetes tipo 2.
“Descobrimos que a gordura na região abdominal provoca uma reação metabólica que dificulta a digestão da glicose pelo pâncreas. A simples presença da gordura nessa região causa uma mudança no metabolismo, que dificulta a produção de insulina”, explicou Taylor.
Ao fazer a relação entre calorias ingeridas, tempo gasto para perder peso e a quantidade de gordura perdida, principalmente na região abdominal, Taylor chegou à teoria da dieta de hiper redução calórica.
Riscos
A dieta das 800 calorias é considerada segura, mas precisa ser feita com acompanhamento médico, pois há vários riscos e fatores que devem ser levados em consideração.
De acordo Taylor, o primeiro passo é saber se o indivíduo está bem nutrido e não possui falta de vitaminas no organismo, principalmente ferro.
Ele ressalta que a dieta de hiper restrição calória poderia ser um meio seguro de reduzir o índice de diabetes “até mesmo em países pobres, desde que todas as precauções sejam tomadas”.
Com informações da BBC.

 

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