C.V.V.: 50 anos valorizando a vida. Você também pode

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Por Bruno M.
Imagem de capa para C.V.V.: 50 anos valorizando a vida. Você também pode
CVV
Por Luísa Borges
Uma sociedade compreensiva, fraterna e solidária é o que todos desejam.
Mas a maioria fica só no desejo.
Entretanto, existem  pessoas que vão à luta, arregaçando as mangas e contribuindo efetivamente para uma sociedade melhor.
Foi essa vontade que levou um grupo universitários a  tornar realidade esse ideal. 

No início da década de 1960,  eles observaram  que o mundo passava por uma transformação.

Enquanto a comunicação avançava, as pessoas estavam ficando cada vez mais sozinhas, isoladas e deprimidas.
Além disso, aumentava o número de suicídios nas metrópoles.
Tudo isso levou aqueles jovens a fazerem algo de concreto para aliviar a solidão das pessoas e prevenir mortes.
Decidiram, então, doar seu tempo, seu calor humano, e passaram a ouvir o íntimo das pessoas.
A Criação
Em 1962, nascia em São Paulo o CVV – Centro de Valorização da Vida.
Nem eles imaginavam como esse projeto iria crescer. 
Vários grupos aderiram à ideia ao longo dos anos e atualmente são cerca de 2.500 voluntários distribuídos em 70 postos, em 18 estados do país.
Eles atendem, em média um milhão de pessoas por ano, sendo um dos serviços mais procurados do país.
No começo os atendimentos eram feitos por telefone, pessoalmente e por carta.
Hoje a tecnologia faz com que o celular, o chat, e-mail e o skype sejam os mais usados. (saiba como abaixo)
Socorro
Segundo a Organização Mundial de Saúde, cerca de 3 mil pessoas por dia cometem suicídio em todo o mundo: uma das principais causas de morte entre os jovens e adultos de 15 a 34 anos, embora a maioria dos casos ocorra entre as pessoas com mais de 60 anos.
Organismos internacionais como a OMS e a Associação Internacional para
Prevenção do Suicídio reconhecem a importância de programas como o do CVV. No Brasil o Centro de Valorização da Vida é reconhecido como entidade de Utilidade Pública Federal.
Para a  jornalista e professora Lenize Vilaça,  voluntária do CVV por 3 anos, foi uma experiência inesquecível e enriquecedora: 
“No CVV aprendi muitas coisas, por exemplo, o que é ser voluntária.  Trabalhei na unidade Londrina entre 1991 e 1994.  Antes de escutarmos os problemas dos outros tivemos um curso preparatório, sensacional! Ainda no curso foi maravilhoso conhecer outras pessoas que gostariam de ser voluntárias também e, assim, partilharmos o sentimento de  ajudarmos o próximo. Fiz amizades riquíssimas “
Lenize ainda se lembra do seu primeiro atendimento: “Eu tremia, quase desmaiei de ansiedade, mas, dei conta! Uma mulher ligou dizendo que queria se matar… Foi uma longa conversa, passei dias ansiosos, mas sei que terminou bem porque dias depois ela voltou a ligar, mais calma. Não sabíamos os nomes das pessoas, isso não importava, mas, muitas vezes reconhecíamos a voz.”
Participe também
Se você também deseja uma sociedade mais compreensiva,  solidária e fraterna e não sabe como contribuir para isso, fica aí a dica de Lenize Vilaça:
“Quem tiver um tempinho sobrando pode doá-lo em prol de outro alguém. O CVV é uma possibilidade para isso. É uma experiência para toda vida.  Eu recomendo!”
Particpe! Ajude a aumentar essa rede do bem.
Pense nisso!
Saiba como participar no site do CVV:  
luisa.borges@sonoticiaboa.com.br