Síndrome de Down: tratamento poderá melhorar memória e aprendizado

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Esperança para pacientes com síndrome de Down.
Cientistas testaram com sucesso, em camundongos, uma substância que melhora significativamente a capacidade cognitiva dos animais com condição similar à síndrome de Down.
Pessoas com essa condição tem um cerebelo menor, com 60% do tamanho de uma pessoa comum.
Com o tratamento, feito em camundongos recém-nascidos, o corpo “compensou” o crescimento dessa estrutura nos meses seguintes. (fotos acima)
Roger Reeves, professor da Universidade Johns Hopkins (Estados Unidos), explicou ao Terra:
“Nós tratamos camundongos recém-nascidos com uma droga potencial (chamada de agonista da via Sonic Hedgehog, ou SAG, na sigla em inglês) que estimula esses neurônios a se dividirem.
Nós a injetamos nos camundongos uma vez no dia em que nasceram e os analisamos três, quatro meses depois.
O cerebelo em camundongos trissômicos, com sídrome de Down, tratados, tinha uma estrutura normal em todas as maneiras que pudemos medir.”
O mais surpreendente ocorreu depois. Os cientistas observaram uma melhora cognitiva nos animais.
Ao serem testados em labirintos, os camundongos tiveram melhora no aprendizado e na memória (conforme repetiam o teste, mais eles se lembravam do caminho certo), capacidades que pessoas com a síndrome de Down costumam ter comprometidas.
Contudo, essas habilidades são geralmente controladas por outra estrutura neurológica, o hipocampo, e não o cerebelo.
“Provavelmente há uma relação íntima do desenvolvimento hipocampal a partir do desenvolvimento cerebelar (…) Isso é uma grande novidade. A gente sabia que existiam as duas coisas: uma função hipocampal comprometida e uma hipoplasia cerebelar, mas não tínhamos este link, que abre a possibilidade de interpretar e estudar de uma forma mais profunda essa relação”, diz Zan Mustacchi, médico geneticista e um dos maiores especialistas do Brasil em Síndrome de Down e que não teve relação com o estudo. Para Mustacchi, se isso for confirmado, o estudo americano pode ter descoberto uma relação entre cerebelo e hipocampo – inclusive em pessoas sem a síndrome – que antes não conhecíamos. Mas isso ainda não é conclusivo, alertam os cientistas.
No artigo, contudo, os pesquisadores antecipam um medo quanto ao tratamento: a possibilidade de que ele aumente o risco de surgimento de meduloblastoma, um tipo de câncer do cerebelo e que atinge principalmente crianças.
Os cientistas destacam, contudo, que esse tumor é apenas preventivo, já que não foram detectados tumores em nenhum animal.
Com informações do Terra.

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