Superação: o rapaz que perdeu o braço na Av.Paulista, 1 ano depois

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Por Bruno M.
Imagem de capa para Superação: o rapaz que perdeu o braço na Av.Paulista, 1 ano depois

Foto: Estadão
“Por problemas pequenos, muitas pessoas querem jogar tudo para o alto, parar de trabalhar, de estudar. Elas se esquecem de que têm uma vida grandiosa pela frente.”
A frase, que é um tapa com luva de pelica na cara de pessoas que costumam reclamar da vida, é do rapaz que perdeu o braço direito, decepado enquanto andava de bicicleta, rumo ao trabalho, na ciclofaixa da Avenida Paulista, em SP, por um carro que tinha ao volante um homem embriagado. O condutor arremessou o membro em um rio.
A tragédia com David Santos Sousa, aconteceu há 1 ano.
Desde aquele dia o rapaz, que ganhava a vida limpando janelas no alto dos edifícios, está desempregado e vive com o seguro do INSS, a metade dos R$ 1.500 que recebia antes do acidente.
Mesmo sem o braço e sem emprego, pensa que ele se largou?  Nada!
Sousa busca um novo sentido à vida.
Entrou num curso de Administração do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), no qual se forma no fim deste semestre.
Alma de ciclista
Morador de Cidade Júlia, na periferia de Diadema, em SP, Sousa não desistiu de pedalar, mesmo com o trauma de um ano atrás. Longe disso.
Todos os dias, vence com a bicicleta os 21 km que separam sua pequena casa, onde mora com um amigo, da Escola Roberto Simonsen, do Senai, no Brás, centro de São Paulo.
“Vou em 40 minutos”, disse ele ao Estadão.
Quem o vê pedalando por aí não deixa de se impressionar com sua habilidade.
“Para andar de bike, o braço que perdi não faz falta, aprendi a me virar com o esquerdo mesmo e até virei canhoto.” A prótese que ganhou de um empresário de Sorocaba só é usada quando ele não anda de bicicleta.
Depois do atropelamento e da internação no Hospital das Clínicas, além de se matricular no ensino técnico, o rapaz começou a aprender a lutar muar thai.
Ele Improvisou um saco de pancadas na garagem de casa. Veste a faixa de proteção na mão e coloca a luva sem a ajuda de ninguém.
Hoje ele também aposta na carreira de palestrante na área motivacional.
“No ano passado, fiz algumas palestras em empresas e escolas. Quero intensificar isso neste ano”, planeja. 
Com informações do Estadão.
Veja o que David diz sobre o rapaz que decepou e jogou o braço dele no rio: