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Homem cura golfinho machucado: volta ao mar

Rinaldo de Oliveira
18 / 04 / 2015 às 00 : 00
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Fotos: divulgação/ prefeitura do Guarujá

Por Rinaldo de Oliveira

Graças a ajuda do homem, um bebê golfinho, de uma espécie em extinção, foi salvo e voltou ao seu habitat natural.
Pepê, como foi apelidada, foi tratada durante três meses no Cetas Marinho da prefeitura de Guarujá, litoral sul de São Paulo.
É um caso raro, segundo veterinários e biólogos, porque Pepê havia perdido a estabilidade dos movimentos, o que faz com que ela tivesse de ficar sobre um flutuador e precisando ser molhada regularmente. 
Ela se alimentou por sonda e sua situação requereu monitoramento 24 horas. 
Seu estado de saúde era grave e sua recuperação lenta e muito difícil. 

No Brasil, é inédito um animal dessa espécie, chamada Toninha, sobreviver tanto tempo em cativeiro. 
A toninha é uma espécie de golfinho “Pontoporia blainvillei” que habita apenas no Atlântico Sul, do Espírito Santo à Patagônia. 

É um animal discreto, vive em águas escuras e por sua coloração é de difícil observação e está em extinção. 
Só no ano passado, 40 toninhas chegaram mortas ao Cetas Marinho,em Guarujá. 

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A espécie é nativa do litoral brasileiro e como são extremamente dóceis, esses golfinhos se aproximam demais da costa para ter seus bebês e, infelizmente são vítimas de redes de pescadores e sofrem acidentes de embarcações, conta a chefe da equipe e veterinária da prefeitura de Guarujá, Andréa Maranho.

História
O golfinho fêmea da espécie Toninha chegou ao Cetas Marinho – que é mantido pela Prefeitura de Guarujá em parceria com o Instituto Gremar Pesquisa, Educação e Gestão de Fauna – no dia 19 de janeiro deste ano e ganhou este nome porque foi encontrada em Peruíbe.

Pepê apresentava marcas de rede, por isso acredita-se que ela tenha ficado presa em alguma rede. 

A partida
Depois de recuperado, o golfinho ganhou liberdade este mês. Foi solto em alto mar, na altura da Ilha da Queimada Pequena, em Peruíbe, litoral sul de São Paulo.

O local é um santuário ecológico protegido com o auxílio do Instituto Chico Mendes (ICMbio) e da Polícia Ambiental, onde sua espécie costuma viver.

A viagem foi longa. Ele foi levado numa pequena piscina, dentro de um carro do Cetas , no Guarujá, até Itanhaém.
De lá seguiu em um barco, cedido pelo ICMBio, até a Ilha Queimada, com o apoio também da equipe da Polícia Ambiental, da 5ª Cia. Marítima.

A liberdade
Lágrimas de alegrias e gritos de felicidades partiram das veterinárias e biólogas do Cetas Marinho, quando Pepê foi embora.

Momentos antes, foi alimentada com comida pastosa e ganhou um beijo da veterinária do Gremar Mariana Zillio: ” vai com Deus, filha”.

A chefe da equipe, Andréa Maranho resumiu: “é como se minha filha de 15 anos saísse pela primeira vez para a balada; o coração fica apertado”.

Andréa espera que a toninha encontre uma nova família que a aceite, já que ela ainda é uma filhote com menos de um ano.

Tartaruga
Também ganhou “liberdade” junto com Pepê, uma tartaruga verde que foi tratada no Cetas Marinho de Guarujá, que conviveu com a Toninha no mesmo tanque, depois de sua melhora e, que a “ensinou” a comer novamente, sem a ajuda dos profissionais do hospital veterinário.

O Cetas Marinho 
A unidade funciona há quase um ano e já se tornou referência no Estado de São Paulo por integrar uma rede de resgate ambiental.

Ela tem capacidade para atender até 500 animais. No local está instalado um hospital totalmente equipado, com área para descontaminação de animais oleados, 20 recintos semiaquáticos e aquáticos e a casa flutuante, que serve como suporte para o pessoal técnico e para fiscalização ambiental, como mandam as legislações ambientais.

Com informações do Cetas Guarujá / colaboração Rosely Rocha

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