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Campeão de karatê faz rifa para competir: não desiste

Rinaldo de Oliveira
21 / 05 / 2015 às 00 : 00
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Fotos: reprodução/Facebook
Por Rinaldo de Oliveira, da redação do SóNotíciaBoa

Alisson Sobrinho, de 20 anos, é um orgulho do karatê brasileiro e um exemplo de superação.
Nascido em uma família pobre de Planaltina/DF – a 43 Km de Brasília, o número 1 do ranking nacional não desiste, apesar de todas as dificuldades financeiras que enfrenta para competir, principalmente fora do Brasil.
Ganhando pouco no trabalho, ele se vira para lutar e levantar a bandeira brasileira como pode: de rifas a vaquinhas.
E títulos não faltam: desde 2009, quando entrou para a seleção brasileira, foi vice-campeão panamericano, campeão sul-americano, tricampeão da copa Brasil, penta campeão brasileiro (3 vezes individual e duas por equipes).
Esta semana o atleta recebeu outra ótima notícia: subiu para a primeira posição do ranking nacional de Karatê brasileiro.
Mesmo assim, os patrocinadores ainda não apareceram.

Vaquinhas
Ele faz rifas, vaquinhas, ou tira do próprio bolso para bancar as viagens de competição.

“A dificuldade sem patrocínio é imensa, várias vezes pensei em desistir, muitas vezes tive que fazer rifa de alguma coisa, fazer vaquinha com amigos e familiares, coisas que acabam deixando o atleta chateado. Mas sempre consegui superar”, disse Alisson Sobrinho em entrevista ao SóNotíciaBoa.

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E é o que vai acontecer nas próximas competições.

O campeonato sulamericano será em Santiago, no Chile, depois a premier leegue – que é uma etapa do circuito mundial de karatê – será realizada em São Paulo. As duas provas serão entre 29 de maio e 06 de junho.

Do próprio bolso
“Vou gastar na competição mais o menos 3 mil reais e não terei vaquinha nem nada. Estou me virando pra comprar passagem e tentando economizar o que ganho pra poder ir competir. “Vou participar agora pagando do meu próprio bolso”, contou.

Alisson quer evitar o que aconteceu no ano passado, quando não competiu no panamericano por falta de dinheiro.

“Às vezes consigo apoio da secretaria de esportes com passagem mas mesmo assim é difícil, porque preciso também de hospedagem e alimentação. Isso quando a passagem sai, porque tem que dar entrada no programa Compete Brasília e aguardar a resposta”.


Foto: Geraldo De Paula

História

Filho de família modesta, com 4 irmãos, Alisson sempre foi incentivado pelos pais a seguir em frente.

“Meu pai é cobrador rodoviário, minha mãe autônoma. Família pobre, nunca faltou o que comer. Mas pra bancar um atleta sempre foi com muita dificuldade”, lembra.

O jovem recebe 925 reais por mes de bolsa atleta. Aí tem que dar aulas para levantar mais dinheiro para pagar a faculdade de educação física, na Unieuro. Ele não conseguiu o financiamento do FIES este ano, a exemplo de milhares de estudantes brasileiros.

“Hoje eu trabalho, treino e estudo à noite.Trabalho no Centro Olímpico de São Sebastião dando aula de karatê, estudo educação física e ainda tenho que pagar minha faculdade, infelizmente”.

Veja a batalha do jovem, que luta karatê desde os 9 anos.
Merece ou não um patrocinador?


Foto: Geraldo De Paula

Contato
Fone: 61-95302259
Facebook: https://www.facebook.com/alisson.bruno.980

Da redação do SóNotíciaBoa

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