Acordo nuclear com Irã sela a paz, após 13 anos

Presidente do Irã, Hassan Rouhani, e Pres. dos EUA, Barack Obama – Foto: BBC
O acordo histórico fechado esta semana entre Irã e o grupo chamado G5+1 (Estados Unidos, China, França, Reino Unido, Rússia e Alemanha) foi comemorado!
A equipe de negociação do Irã, que fechou o acordo para limitar o programa nuclear de Teerã – em troca de alívio das sanções comerciais internacionais ao país do Oriente Médio – chegou nesta quarta-feira (15) a Teerã e foi recebida com honras.
O fim das sanções impactará de forma direta a economia do mundo todo, não apenas a do Irã.
Petróleo
O Congresso dos EUA tem 60 dias para aprovar ou rejeitar o acordo. De qualquer forma, Obama já prometeu vetar qualquer tentativa do Congresso para bloquear o pacto.
Caso tudo corra como espera o presidente dos EUA e o acordo seja totalmente implementado, espera-se que o Irã feche convênios lucrativos com grandes empresas de energia e aumente significativamente sua produção de petróleo.
Considerando que o Irã tem a quarta maior reserva de petróleo do mundo – estimada em 150 bilhões de barris – e a segunda maior reserva de gás natural do planeta, o potencial é gigante.
Hoje o Irã produz 2,85 milhões de barris de petróleo por dia. Bijan Zanganeh, ministro do Petróleo local, já anunciou que o país elevará a produção em 1 milhão de barris quando as sanções forem suspensas.
Concessões
Para Jonathan Marcus, especialista em Diplomacia da BBC, houve concessões dos dois lados.
“Os EUA e seus aliados queriam uma retração total do programa nuclear iraniano e uma interrupção de todo o enriquecimento de urânio. E isso é o que Israel ainda prefere. Mas simplesmente não haveria acordo nessas condições”, afirma.
“E o Irã cedeu terreno ao aceitar um nível de inspeção que só perde para o de países derrotados em guerras. O país está aceitando restrições em sua atividade nuclear por um período significativo”, completa o analista.