Mulher voltar a enxergar com chip implantado na retina

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Por Só Notícia Boa
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Foto: BBC

Uma mulher que teve um chip implantado na retina conseguiu enxergar as horas pela primeira vez em uma década, graças ao seu “olho biônico”.

A britânica Rihan Lewis, de 49 anos, foi uma das primeiras pacientes que receberam o implante no Hospital Oftalmológico John Radcliffe, em Oxford, na Inglaterra.

O sucesso da experiência de Lewis poderá significar um novo passo rumo à cura para a cegueira.

Aos cinco anos de idade, ela foi diagnosticada com retinose pigmentar. Desde então, foi perdendo a vista rapidamente com o passar dos anos.

Hoje, ela não vê absolutamente nada com o olho direito, porém ainda possui um pequeno resquício de visão no esquerdo.

A deficiência de Lewis fez com que ela não pudesse enxergar um de seus dois filhos.

“Com meu olho direito eu meio que consigo me mover com base na luz. Se está claro lá fora, eu quase que vou em direção à janela ou, se está escuro e as luzes estão acesas, navego pelas lâmpadas, como uma mariposa”, disse a mulher em entrevista à BBC.

Vida nova

Os primeiros resultados divulgados no início desse ano mostram que o experimento progrediu, e muito.

A britânica atingiu o êxtase durante os testes quando viu as horas em um relógio de papel e, pouco depois, conseguiu identificar alguns carros nas ruas.

“Tinha um carro, um carro prateado e eu não conseguia acreditar pois o sinal estava muito forte e também havia o sol brilhando no carro prateado. E eu fiquei tão animada, fiquei bem emocionada!”, acrescentou.

De acordo com a reportagem, o chip tem 1% da resolução de um megapixel e, portanto, ele sozinho não chega nem perto da capacidade de uma câmera de celular. Entretanto, está conectado ao cérebro de Lewis, que, assim como todo cérebro humano, tem mais de 100 bilhões de neurônios para processar informações.

Caso o implante tenha sucesso com a britânica, é provável que seja disponibilizado na rede pública de saúde do Reino Unido, o NHS (National Health Service), e a cura para a retinose pigmentar e outras deficiências visuais se torne cada vez mais clara no horizonte da ciência.

Com informações da BBC