Diagnosticada infértil há 10 anos, brasileira descobre que está grávida

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Por Só Notícia Boa
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Kamila e o marido José Leonardo - Foto: arquivo pessoal

Foram quase 10 anos de tentativas em vão e o diagnóstico de infertilidade. E de repente, quando já tinha desistido, Kamila Costa ficou grávida.

A funcionária pública de 36 anos passou por vários tratamentos para engravidar, após descobrir que tinha sinéquia uterina (cicatrizes no útero), ovário policístico e endometriose.

E foi justamente quando a moradora de Rio Branco, no Acre, “desencanou”, que veio a grande surpresa. Kamila já está no 4º mês de gestação.

A descoberta da gravidez

Depois de anos de espera, viagens para fora do Estado, gastos financeiros e o fim de uma relação que já durava 15 anos, do nada, ela começou a sentir alguns sintomas e chegou a pensar que estava doente.

E decidiu fazer o teste, sem expectativa, para descartar a possibilidade e iniciar o tratamento.

“E, surpreendentemente, deu positivo e vi que todos aqueles sintomas não eram doença, como eu achava. Foi um ano bem atípico, surpreendente. O atraso menstrual não me assustava porque era comum acontecer, sempre convivi com a amenorreia, que é a ausência da menstruação. Só que eu estava sentindo muitos sintomas da gravidez: enjoada, seios doloridos, vomitando e com muita prisão de ventre. Então, eu achava que estava doente. Não imaginei que era gravidez”, contou.

‘Milagre’

A médica ginecologista e obstetra Samara Messias conta que as chances de gravidez em mulheres com sinéquia uterina, ovário policístico e endometriose variam de 30% a 40%.

“Não tem nenhum caso que una as três coisas juntas. O que encontrei foi que, mesmo quem tem ovário policístico, para uma mulher engravidar é de 34%, se ela tiver acima de 35 anos essa chance cai muito. Se ela tem sinéquia uterina só resolve depois de fazer o tratamento para desfazer essas cicatrizes e se ela ficar com sequela a chance também é baixíssima, em torno de 20% a 30%. A endometriose é a mesma coisa, e a chance de gravidez gira em torno de 40%”, explica.

A médica diz que em nenhum destes três casos é impossível acontecer a gravidez quando se olha separadamente. Mas a raridade do caso está no fato de Kamila ter os três problemas juntos.

“Hoje não encontramos o relato de caso que tenha tudo em uma mulher só, ainda mais em uma gravidez espontânea. Ainda tem outra situação, que é ela ter mais de 35 anos, então a chance de gravidez reduz muito mais do que quando a gente considera antes dos 35. Então, a gente considera este caso uma raridade. Um milagre, é Deus purinho nisso. Fiz uma busca e não encontrei registro, é uma raridade”, acrescentou.

A espera

E o início da gestação vem junto com o carinho da família, que acompanhou toda batalha.

“Já estive mais ansiosa, mas estou mais tranquila depois que vi que está tudo bem. Agora estou tentando viver o que toda mulher vive na gravidez. Na verdade, quando você faz fertilização você não tem a surpresa, não tem aquela coisa de contar para as pessoas e eu achava que um dia ia sentir falta disso. Mas Deus me proporcionou isso. Tive a chance de fazer um teste de farmácia como toda mulher, fazer a ultrassom e ouvir o coraçãozinho e isso me deixa extremamente emocionada”, relata.

Emocionada e grata!

“Fiquei muito surpresa, muito feliz, ainda com muito medo devido aos traumas do passado, mas agora estou mais confiante e, graças a Deus, está tudo bem com o bebê e com a gestação”, contou.

O próximo passo de Kamila e do marido, José Leonardo Angulo, é comprar o enxoval, após descobrir o sexo da criança.

Kamila e o marido José Leonardo - Foto: arquivo pessoal

Kamila e o marido José Leonardo – Foto: arquivo pessoal

Com informações de Portal Manauara News