Homem paralisado usa a mente para digitar na tela do computador

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Por Só Notícia Boa
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Foto: Reprodução The Independent

Um homem sem movimentos do pescoço para baixo foi capaz de digitar sentenças na tela do computador com a mente, graças a um dispositivo experimental.

A equipe que desenvolveu o mecanismo relatou a experiência na revista Nature, nesta quarta, 12.

O paciente, que ficou tetraplégico após um acidente, digitou com 95% de precisão apenas imaginando que estava escrevendo cartas numa folha de papel.

“O que descobrimos, surpreendentemente, é que [ele] pode digitar cerca de 90 caracteres por minuto”, diz Krishna Shenoy, da Universidade de Stanford e do Instituto Médico Howard Hughes, nos EUA.

Comercialização

O dispositivo seria mais útil para pessoas que não conseguem se mover ou falar, disse o Dr. Jaimie Henderson, neurocirurgião de Stanford e co-diretor, com Shenoy, do Stanford Neural Prosthetics Translational Laboratory.

“Também podemos prever que ele seja usado por alguém que sofreu uma lesão na medula espinhal que quer usar e-mail”, diz Henderson, “ou, digamos, um programador de computador que quer voltar ao trabalho”.

Henderson e Shenoy têm interesse em comercializar o produto experimental usado para decodificar sinais cerebrais.

Acidente

O homem que concordou em testar o dispositivo não consegue mover os braços e pernas após um acidente doméstico.

“Ele estava tirando o lixo, escorregou, caiu e imediatamente ficou tetraplégico”, contou Henderson. “Ele está completamente paralisado.”

Sistema

O sistema conta com eletrodos implantados cirurgicamente perto da parte do cérebro que controla os movimentos.

A ideia de decodificar a atividade cerebral da escrita é “simplesmente brilhante”, diz John Ngai, que dirige a Iniciativa BRAIN dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA, que ajudou a financiar a pesquisa.

“Mas foi apenas em um voluntário em um ambiente de laboratório”, diz Ngai. “Então, no momento é uma grande demonstração de prova de princípios.”

Por Andréa Fassina, da redação do Só Notícia Boa – Com informações da Hypescience