Pai heterossexual acolhe pessoas LGBTQ+ rejeitadas pela família; ninguém escolhe nascer homossexual

Ninguém escolher nascer homo, hétero ou bissexual. E esse pai, que é heterossexual, criou um projeto para ajudar pessoas da comunidade LGBTQ+ que foram rejeitadas pelas famílias por causa da orientação sexual. Lá eles são acolhidos, jogam bola, se divertem e esperam pelo momento emocionante do abraço.
John Piermatteo, morador da Pensilvânia, é a mente e o coração por trás do “Play Catch With a Dad” (Jogue Bola com um Pai). A ideia surgiu em 2019, quando ele pensava em formas autênticas de mostrar apoio aos rejeitados. Depois de uma pausa durante a pandemia, o projeto voltou com força total. John começou a viajar para vários festivais LGBTQ+ dos Estados Unidos.
Em 2023, ele estava na Parada do Orgulho de San Francisco, e em 2024, no evento de San Diego. Só em Phoenix, mais de 300 pessoas participaram em dois dias. “Temos pais héteros, temos pais gays. Temos pais com filhos gays e pais com filhos heterossexuais. O que nos une é o desejo de ajudar”, contou John.
Abraço é o mais esperado
John Piermatteo conta que, durante o jogo, o momento do abraço é o mais esperado.
Durante as jogadas, os lançamentos e as trocas de bola, surgem histórias, desabafos e lágrimas.
A troca é tão poderosa que muitos pais voluntários também se emocionam.
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A missão de espalhar amor
John não é terapeuta, nem famoso. É apenas um pai comum que viu uma dor coletiva e resolveu ajudar.
Inspirado pelas histórias de pessoas LGBT+, ele sempre quis que o Play Catch With a Dad fosse um espaço seguro, simbólico e cheio de afeto.
O início não foi fácil. Com a placa e uma bola em mãos, ele foi até o York Unity Fest. As pessoas passavam desconfiadas. Mas com o tempo, a mensagem tocou corações e jogar bola virou um pretexto para um abraço, uma conversa ou apenas um olhar compreensivo.
Acolhimento nos eventos
Desde então, ele frequenta festivais LGBTQ+ com uma bola de futebol americano, uma placa e um convite: quer jogar bola com um pai?
Nos eventos, dezenas de pessoas se aproximam, jogam bola com ele, desabafam e o melhor: ganham acolhimento.
“Cerca de duas em cada cinco interações resultam em participantes chorando em nossos braços. Já tivemos pessoas passando, vendo a placa e chorando muito. Pode ser uma experiência incrivelmente emocionante tanto para os participantes quanto para os pais”, disse em entrevista ao LGBT Nation.
E cada encontro é único. Mesmo após seis anos de projeto, ele ainda se surpreende com a reação de pessoas que foram rejeitadas pela família, por causa da orientação sexual, e se sentem acolhidas num projeto tão simples.
Durante os eventos, John, o pai heterossexual, joga bola com pessoas LGBTQ+ rejeitadas pelas famílias:
O momento do abraço é emocionante:
