Vila do Alzheimer: minicidade para pacientes viverem livres, felizes e seguros

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Por Bruno M.
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Acaba de completar 8 anos um espaço especial, cheio de carinho, atenção e segurança para pessoas que sofrem do mal de Alzheimer: é uma minicidade chamada Hogewey Village, em Weesp, na Holanda.
A vila que tem 23 casas e algumas lojas, adaptadas especialmente para os pacientes.
Lá vivem 30 profissionais da área médica e 140 internos , que não ficam fechados, como em hospitais, clínicas e asilos.
Na vila eles levam uma vida quase normal: saem pelas ruas, caminham, fazem compras, encontram pessoas… tudo em um mundo adaptado às suas próprias fantasias.

O local tem salão de beleza, restaurante, café, clube cultural, mercado…

E para garantir que elas possam circular com segurança, quem atende nesses estabelecimentos são profissionais de saúde.
Uma enfermeira rapidamente vira cabeleireira.
Uma assistente social passa a ser dona de banca de jornais em segundos.
E um médico psiquiatra é garçom com naturalidade.
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“Pelo menos aqui os doentes têm uma vida normal dentro do mundo criado pela mente deles. E nós procuramos respeitar a individualidade de cada um. Todos, ao seu modo, são felizes”, conta a diretora da clínica, espécie de prefeita dessa minicidade.
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Há 8 anos funcionava no local um hospital psiquiátrico comum, descrito dessa forma pela diretora: “era um hospício e mais parecia uma cadeia. Tinha aquele cheiro de hospital. E os pacientes se sentiam presos. Bem diferente daqui”, lembra.
É importante dizer que na Hogewey Village os pacientes não ficam curados e não deixam de perder a memória dos dias felizes.
Mas até aos últimos momentos de suas vidas eles vão manter uma coisa: o prazer de uma vida digna.
A Hogewey Village foi construída com dinheiro do governo e vai vivendo também de doações de pessoas e entidades, e de contribuições das famílias dos doentes.
Não poderia ser feita também aqui no Brasil?
Com informações do Hypeness.