Transplante mais rápido em SC atrai pacientes de outros Estados

Por esse motivo, o Estado tem atraído pacientes de outras regiões, que se inscrevem na fila de espera de Santa Catarina, para ver se conseguem abreviar a longa espera.
“Meu médico combinou de me enviar para Joinville quando puder ingressar na fila”, contou.
“Eu, particularmente quero ir para Joinville porque lá realmente, estatisticamente, é mais rápido e quero fazer o (transplante) duplo, rins e pancreas, porque sou diabético ha 35 anos, desde os 10″.
Filas
O Distrito Federal lidera o ranking de menores filas, com 147 pessoas por milhão de habitantes, seguido por Santa Catarina, com 334, Rio Grande do Sul, com 1.049, Paraná, com 1.116, e São Paulo, com 8.873 na fila de espera.
Aprovação
Os transplantes vêm crescendo no Brasil porque o número de doadores de órgãos dobrou nos últimos dez anos e, com isso, também o número de cirurgias: de 7.500 transplantes realizados em 2003, para 15.141 em 2012.
Os dados são Ministério da Saúde.
Mais de 50% das famílias brasileiras, ao perder um ente, são favoráveis à doação de órgãos.
Este é o maior índice de aprovação à doação do mundo.
A aprovação da população à doação subiu de 6,5% em 2003, para 13,5% em 2012.
Resultado
Em 2010, havia 59.728 pacientes aguardando na fila do Sistema Brasileiro de Transplantes.
Em 2013, este número caiu 35%, passando para 38.759 (até junho).
Em alguns estados, como Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e no Distrito Federal, já não há fila de espera para transplante de córneas.
Em outros sete estados (Acre, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Sergipe, Rio Grande do Norte, Mato Grosso e Minas Gerais), a espera por transplante de córnea foi reduzida com tendência a zerar as listas.
O transplante de córnea representa 60% deste tipo de procedimento cirúrgico.
Amor
A doação de órgãos é um ato de amor.
Se você tem alguma dúvida, leia abaixo as respostas para as perguntas mais frequentes.
Como posso ser doador?
Hoje, no Brasil, para ser doador não é necessário deixar nada por escrito, em nenhum documento. Basta comunicar a família do desejo da doação, que só ocorre após autorização familiar.
Que tipos de doador existem?
Doador vivo – Qualquer pessoa saudável que concorde com a doação. Pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte do pulmão. Pela lei, parentes até quarto grau e cônjuges podem ser doadores. Os não parentes só podem doar com autorização judicial.
— Doador cadáver – São pacientes em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) com morte encefálica, geralmente vítimas de traumatismo craniano ou AVC (derrame cerebral).
A retirada dos órgãos é realizada em centro cirúrgico como qualquer outra cirurgia.
Quais órgãos e tecidos podem ser obtidos de um doador cadáver?
— Coração, pulmão, fígado, pâncreas, intestino, rins, córneas, veias, ossos e tendões.
Para quem vão os órgãos?
Os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista única, definida pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada Estado e controlada pelo Ministério Público.
Como posso ter certeza do diagnóstico de morte encefálica/cerebral?
Não existe dúvida quanto ao diagnóstico, pois é regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina. Dois médicos de diferentes áreas examinam o paciente, sempre com a comprovação de um exame complementar.
Após a doação o corpo fica deformado?
Não. A retirada dos órgãos é uma cirurgia como qualquer outra e o doador poderá ser velado normalmente.
Com informações do SC Transplantes, A Notícia e Ministério da Saúde.
Serviço:
http://www.hospitalsaojose.org/doacao-de-orgaos.php