A cidade de Morges, no Estado de Vaud, Suíça, acordou mais feliz e orgulhosa nesta quinta-feira.
O biofísico de 76 anos, ex-professor da Universidade de Lausanne – UNIL, Jacques Dubochet, é o vencedor Prêmio Nobel de Química em 2017.
Por volta do meio-dia ele foi surpreendido pela notícia, quando seu telefone tocou informando sobre o prêmio.
E o melhor de tudo é que a novidade só seria anunciada uma hora mais tarde em Estocolmo.
No início da tarde de ontem, o pesquisador, muito emocionado, recebeu a imprensa local em uma sala da UNIL, e declarou:
“Estou muito honrado por um trabalho feito há trinta anos, mas isso não acontece sozinho. Os momentos-chave desta descoberta vieram dos meus engenheiros, que me mostraram coisas. Houve esse momento em que dissemos “ah ah” e onde entendemos que descobrimos algo. Depois disso, tem sido uma vida de pesquisa e colaboração”.
Descoberta
A descoberta que se chama “Crio-microscopia eletrônica de espécimes vitrificad é um método inovador de observar moléculas em três dimensões, desenvolvido juntamente com Joachim Frank (EUA) e Richard Henderson (Grã-Bretanha), outros dois vencedores.
Explicando por alto, isso consiste em congelar muito rapidamente uma amostra de acordo com um processo que evita a cristalização da água no gelo.
“Em suma, estamos honrados hoje por inventar água fria”, disse Dubochet, com um largo sorriso de pura alegria e orgulho de si mesmo estampado em seu rosto.
Morador da cidade de Morges, Dubochet tem entre sua milhares de atividades o título de grande animador da seção morgiana do conhecimento.
Patricia Dubois, Secretária Geral da Universidade falou sobre Dubochet:
“Ele está convencido pela partilha de conhecimento e transmissão. Ele sempre me impressionou com sua preocupação com a maioria, seu compromisso com os outros, especialmente aqueles que talvez não tenham tido a oportunidade de ter acesso aos estudos” .
Na política, Jacques já demonstrou toda a sua sabedoria durante controvérsia sobre o uso aleatório dos recursos da Comissão Suiça-Estrangeira, quando ele subiu ao Conselho de Curadores para selar os debates com esta citação:
“Meu Deus, dê me orientação para não misturar o que é importante e o que não é. “Uma intervenção típica de Dubochet, que sempre manteve os pés no chão.
Ninna Crot, da Suíça para o SóNoticiaBoa