Casal que começou alimentando uma família, hoje ajuda mais de 100

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Por Só Notícia Boa
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Algumas crianças ajudadas pelo Pão e Alma - Foto: divulgação

O prazer de poder ajudar alguém é transformador. Foi o que aconteceu com o casal Silvânia e Otacílio, que começou alimentando uma família e hoje ajuda mais de cem.

Eles mostram que um movimento do bem pode começar no quintal da casa da gente e mudar gerações, como tem feito o Projeto Pão da Alma.

“A incapacidade de serem indiferentes ao sofrimento do outro, fez com que a ajuda que Silvânia e Otacílio estavam dando a uma única família, se tornasse um movimento. Um projeto de vida capaz de transformar a vida de outras centenas de famílias!”, contam Iara e Eduardo, os Caçadores de Bons Exemplos, que visitaram o projeto, em Minas Gerais.

História

O casal, que tinha acabado de comprar um terreno em Divinópolis, logo descobriu que ali perto havia uma família morando embaixo de um toldo de lona.

Uma mãe dando banho em dois bebês foi a cena que ficou marcada na cabeça deles. “Foi uma cena muito tocante para mim, porque vi que ela estava fazendo com as filhinhas dela o mesmo que eu fazia com as minhas. Eu arrumava as crianças, dava banho para sair, para passear, e ela estava fazendo chuquinha no cabelo, da mesma forma que eu fazia. Porém, todo aquele cuidado era para ficar ali debaixo daquela lona, no meio daquele mato. Senti um carinho muito grande por aquela mãe, uma vontade de fazer alguma coisa que pudesse melhorar a vida dela, que pudesse tirar ela e àquelas crianças daquela situação”, lembra Silvânia emocionada.

A ajuda que eles deram para aquela família foi completa. Ajudaram com comida, com roupas e arrumaram empregos para os adultos. Conseguiram tirar eles dali. O tempo passou e outras famílias foram acampando ali.

“Vimos que a situação era muito mais grave do que a gente estava pensando. Não tínhamos como deixar pra lá. Porque era muita dificuldade, sabe?”, conta Silvana.

Mas, mesmo com o crescimento do número de gente que precisava de ajuda, o casal sabia que o assistencialismo não se manteria por muito tempo, não tinha como eles manterem o número de doações sempre alto.

Foi aí que decidiram mostrar às crianças que estavam ali que existiam outras opções de futuro, diferente daquela realidade dos seus pais, se usassem as mãos para trabalhar ao invés de mendigar.

Mais que cestas básicas

“Fundamos então o Projeto Pão da Alma, distribuindo cestas básicas para as famílias que fossem assistir a uma palestra mensal e receber orientações. Envolvemos as crianças em arte, cultura, esporte e evangelização, e aos poucos fomos tirando os meninos das ruas”, conta.

Hoje são oferecidas oficinas, que as crianças frequentam no período em que não estão na escola; permanecem aqui para não ficar na rua.

São oficinas de artesanato, aulas de reforço escolar, computação. Dança, parquinho, a recreação, o futebol, uma biblioteca e oficinas de costura para as mães.

“Hoje atendemos mais de 100 famílias. E para mim, o que faz a diferença mesmo na vida dessas pessoas é saber acolher. Servir o próximo com amor, desprendimento e perseverança, sempre”, afirma Silvânia.

“Um bom exemplo que teve visão de futuro, que começou cuidando como dava de quem estava precisando, mas que ao mesmo tempo investiu na mudança daqueles que tinham chance de fazer diferente, só precisavam de uma oportunidade”, concluem Iara e Eduardo.

Veja mais no site do projeto, no Facebook e no Instagram.

Algumas crianças ajudadas pelo Pão e Alma - Foto: divulgação

Silvânia com crianças do projeto – Foto: divulgação

Algumas crianças ajudadas pelo Pão e Alma - Foto: divulgação

Meninos ajudados pelo Pão e Alma – Foto: divulgação

Por Rinaldo de Oliveira, da redação do SóNotíciaBoa – com Caçadores de Bons Exemplos