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Árvores dão sinais e avisam antes de vulcão entrar em erupção, descobre a Nasa

Vitor Guerras
04 / 06 / 2025 às 08 : 33
Pela mudança na cor das árvores, cientistas conseguiram prever a erupção de um vulcão Mayon, nas Filipinas, e salvar centenas de pessoas. - Foto: Shutterstock
Pela mudança na cor das árvores, cientistas conseguiram prever a erupção de um vulcão Mayon, nas Filipinas, e salvar centenas de pessoas. - Foto: Shutterstock

Uma ajuda improvável está surgindo para quem vive perto de áreas perigosas: cientistas descobriram que as árvores dão sinais antes da erupção de um vulcão começar.

Antes da erupção, gases liberados pelo magma subterrâneo alteram a cor das árvores, que ficam mais verdes. A descoberta faz parte de uma colaboração inovadora entre o Instituto Smithsonian e a NASA.

A mudança pode ser percebida de longe, no espaço e oferece uma nova forma de alerta antecipado. Para 800 milhões de pessoas que vivem próximas a vulcões potencialmente perigosos, a descoberta é uma virada de jogo.

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Testado e comprovado

A equipe da NASA e do Smithsonian já testou a técnica ao redor do Monte Etna, na Itália. Eles comprovaram que o “esverdeamento” das árvores estava diretamente ligado à atividade vulcânica.

Os dados, somados a outras informações sísmicas e ao levantamento da altura do solo, mostram um panorama completo do que estava acontecendo dentro da Terra.

No caso do vulcão Mayon, nas Filipinas, os sensores de solo e a análise da vegetação ajudaram a prever a erupção. Com um alerta, o local foi evacuado e centenas de pessoas foram salvas

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Como acontece

Quando o magma começa a se mover abaixo de um vulcão, ele libera dióxido de carbono (CO₂) no solo e no ar.

As árvores ao redor absorvem esse gás em excesso e, com isso, passam por uma espécie de “revitalização”.

A mudança pode ser detectada por satélites, mesmo quando o gás ainda não é visível nas imagens.

Importância da descoberta

O dióxido de enxofre, outro gás emitido por vulcões, é monitorado há anos, mas só aparece perto da hora da erupção.

Já o CO₂, surge antes e é mais difícil de identificar diretamente.

Por isso, observar a vegetação se tornou uma alternativa muito eficaz.

“Estamos interessados ​​não apenas nas respostas das árvores ao dióxido de carbono vulcânico como um alerta precoce de erupção, mas também enquanto as árvores são capazes de absorver, como uma janela para o futuro da Terra quando todas as árvores do planeta estiverem expostas a altos níveis de dióxido de carbono”, Josh Fisher, da Universidade Chapman, na Califórnia, em entrevista ao Sci-Tech Daily.

Com sensores, o grupo mede a concentração de dióxido de carbono. - Foto: Alessandra Baltodano
Com sensores, o grupo mede a concentração de dióxido de carbono. – Foto: Alessandra Baltodano
O dióxo de carbono deixa a vegetação mais verde e passa a ser um sinal. - Foto: Alessandra Baltodano/Universidade Chapman
O dióxo de carbono deixa a vegetação mais verde e passa a ser um sinal. – Foto: Alessandra Baltodano/Universidade Chapman
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