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Nova espécie de árvore é descoberta na Mata Atlântica em Minas Gerais

Rinaldo de Oliveira
01 / 08 / 2025 às 09 : 59
A nova árvore da Mata Atlântica, descoberta em Minas Gerais, é da família jabuticabas, pitangas, goiabas, araçás e gabirobas - Foto: UFV
A nova árvore da Mata Atlântica, descoberta em Minas Gerais, é da família jabuticabas, pitangas, goiabas, araçás e gabirobas - Foto: UFV

A natureza se renovando. Pesquisadores de Minas Gerais descobriram uma nova espécie de árvore que surgiu em plena Mata Atlântica, numa área de preservação.

Segundo o Departamento de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Viçosa (UFV), ela pertence à família botânica Myrtaceae, a mesma família das jabuticabas, pitangas, goiabas, araçás e gabirobas. Encontrada em uma área de preservação da empresa Cenibra, na região de Coronel Fabriciano, no Vale do Rio Doce (MG). A pequena árvore pode atingir até seis metros de altura.

“Hoje nos resta muito pouco da Mata Atlântica, e muita gente acredita que, por ser o bioma mais povoado, tudo já foi visto e descoberto. Mas trabalhos como este mostram que não: a Mata Atlântica ainda resiste, e temos muito a descobrir sobre ela”, disse o professor da UFV Carlos Eleto Torres.

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Como foi descoberta

A descoberta aconteceu por acaso, quando uma árvore florida e com folhas de tamanho incomum chamou a atenção do pesquisador Otávio Verly, enquanto ele fazia um inventário florestal para a tese de doutorado.

Ao compará-la com espécies já descritas, os pesquisadores do Grupo de Estudo em Economia e Manejo Florestal (GEEA) confirmaram que se tratava de uma nova espécie.

A descoberta foi publicada em julho no periódico científico Phytotaxa.

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Outras na mesma região

Segundo os pesquisadores, até o momento, foram localizadas apenas 11 árvores da espécie na mesma região — entre exemplares jovens e adultos.

“As plantas variam entre três e seis metros de altura, possuem folhas longas e caule fino, e se destacam pela grande quantidade de pelos, especialmente no caule e na parte inferior das folhas, conferindo-lhes um tom marrom-avermelhado. Um detalhe marcante é a presença de pontuações translúcidas visíveis na superfície das folhas, característica que inspirou o nome “magnipunctata”, que em latim significa “com grandes pontuações”, informou a universidade.

Próximos passos

“Elas se assemelham muito com Myrcia espiritosantensis e Myrcia megaphylla, plantas também recentemente descritas. Agora, o próximo passo é estudar a ecologia reprodutiva e a população para melhor embasar práticas de conservação da espécie”, afirmou o pesquisador Otávio Verly, um dos responsáveis pela descoberta.

O mapeamento é feito a cada cinco anos para acompanhar os processos demográficos dos fragmentos florestais.

Ainda não se sabe se há outras espécies dela em outras regiões do Brasil, informou a UFV.

A nova árvore é da mesma família das jabuticabas, pitangas, goiabas, araçás e gabirobas. - Foto:UFV
A nova árvore é da mesma família das jabuticabas, pitangas, goiabas, araçás e gabirobas. – Foto:UFV
A nova árvore descoberta em MG é pequena e pode atingir até seis metros de altura. - Foto: UFV
A nova árvore descoberta em MG é pequena e pode atingir até seis metros de altura. – Foto: UFV
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