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Calouro aos 72 anos: idoso entra na universidade e quebra preconceitos

Rinaldo de Oliveira
08 / 12 / 2012 às 00 : 00
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Por Rinaldo de Oliveira
O que é mais difícil: enfrentar as barreiras sociais, os próprios medos, ou o preconceito das pessoas? 
Eu diria que pior que tudo isso é usar esses fantasmas como barreira para deixar de realizar seus sonhos.
A história de um idoso que virou o jogo a seu favor e entrou na faculdade aos 72 anos, é exemplar.

O português Horácio Ramos, conta que, tal como as outras crianças da sua aldeia, “mal alimentadas e mal vestidas”, ele nem sequer podia sonhar.

Hoje ele decidiu aceitar o desafio das duas filhas e ingressar na universidade.
Horácio entrou na Universidade Técnica de Lisboa, em Portugal, no curso de licenciatura de Sociologia do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas.

“Acho que ninguém deve ter receio de aprender e de voltar à escola. Costumamos dizer que o que é fácil não tem valor. O que nós recordamos e o que nos dá histórias para contar são as dificuldades que atravessamos”, defende.

O fato de ser mais velho do que a maioria dos colegas não causa a ninguém qualquer estranheza. “Não vejo diferença de tratamento, o tratamento é igual”, diz Horácio, lembrando que o respeito em sala de aula é mútuo.
E o mesmo acontece com os professores. “A relação com os professores é a melhor possível. Todos se mostram disponíveis para aquilo que eu precisar, assim como todos os outros alunos”, garante.
Além disso, “a nossa turma e algumas outras ainda tiveram um trote diferente que consistiu em fazer uma intervenção comunitária, em irmos pintar uma escola aqui no bairro. Acho que os trotes devem continuar mas que, talvez, em vez de andarmos por aí gritando e fazendo exercícios ao sol, pudesse ser mais produtivo transformá-las em serviço comunitário, porque o país precisa.
Horácio deve se formar daqui a 3 anos e diz que já se sente realizado.
“Sou uma pessoa feliz porque não tenho pesos de consciência”, concluiu.
Com informações do Boas Notícias.
Será que história de Horácio, de entrar na faculdade aos 72 anos, serve de exemplo apenas na educação?
Acho que não.
O ser humano costuma se auto-colocar limites, por medo e acomodação, e esquece que gente não é quadro, para viver preso dentro de rígidas molduras.
rinaldo@sonoticiaboa.com.br
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