Cientistas fazem ratos cegos voltarem a enxergar: nova técnica

Cientistas dos EUA conseguiram fazer ratos cegos voltarem a enxergar. A descoberta foi publicada neste domingo, 19, pela revista científica Nature .
“A reprogramação farmacológica de fibroblastos em fotorreceptores restaura a visão”, diz a manchete da revista.
Na matéria científica, os pesquisadores mostram que criaram uma alternativa às células-tronco com um processo que promete ser mais barato, rápido e livre de restrições éticas e legais.
São fotorreceptores de substituição das células dos fibroblastos da pele feitos por meio de conversão farmacológica. – Difícil entender, né? Veja a explicação do autor:
“O fotorreceptor é o neurônio no olho que ativa a circuidade visual em resposta à luz, o que nos permite ter visão”, diz Sai Chavala, Ph.D. da Universidade do Norte do Texas e autor do novo artigo,
A perda de fotorreceptores pode resultar em DM – degeneração macular relacionada à idade – e outras doenças da retina que levam à cegueira irreversível.
Neste novo estudo, no entanto, as células chamadas fibroblastos podem ser quimicamente reprogramadas para produzir células do tipo fotorreceptor que agora demonstram restaurar a visão em camundongos.
Os fibroblastos são células que ajudam a manter a integridade estrutural dos tecidos conjuntivos, e uma redução na contagem de células de fibroblastos leva ao enrugamento da pele.
Em humanos
Chavala está perto de fazer testes em seres humanos e espera ter um tratamento aprovado pela FDA em 2 ou 3 anos. Ele disse que está “emocionado” com a possibilidade de permitir que milhões de pessoas recuperem sua visão perdida.
“Nós […] acreditamos que isso pode ser um divisor de águas no campo da oftalmologia regenerativa. Também acreditamos que essa é uma tecnologia de plataforma e já começamos a estabelecer protocolos para gerar células ganglionares da retina valiosas para pacientes que sofrem de glaucoma”, diz Chavala.
Além de contornar as restrições éticas e políticas e os soluços do uso de células-tronco humanas embrionárias, o processo leva duas semanas, custa menos e é mais escalável do que o uso de células-tronco.
14 ratos cegos
Sai Chavala e colegas do Center for Retina Innovation em Dallas, Texas, nos EUA, encontraram um conjunto de cinco compostos que podem levar as células de fibroblastos embrionários a se converterem em fotorreceptores da retina semelhantes a bastonetes em camundongos e células humanas.
No estudo, esses fotorreceptores convertidos foram transplantados para os olhos de 14 camundongos cegos para ver se restaurariam a visão.
Verificou-se que seis ratos não apenas restauraram a função visual e os reflexos – principalmente na pupila – como também preferiram passar o tempo no espaço escuro, como faziam antes, quando enxergavam.
Chavala supõe que poderia ter sido o número de células quimicamente reprogramadas que sobreviveram ao transplante na retina que determinou se a visão era restaurada nos ratos ou não.
Com informações da Nature, GNN e WAL
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