Japão faz 1º transplante de tecido pulmonar de doador vivo

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Por Monique de Carvalho
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Exames de raio-x realizados antes e depois do 1º transplante de pulmão de doador vivo : as partes escuras na fotografia da direita representam as áreas transplantadas. - Foto: Cortesia do Hospital da Universidade de Kyoto

Uma mulher que teve sérias complicações respiratórias recebeu o 1º transplante de tecido pulmonar de doador vivo em pacientes com Covid-19.

A cirurgia foi realizada no Hospital Universitário de Kyoto e durou 11 horas. Uma equipe multidisciplinar de 30 pessoas foi responsável pelo procedimento, na semana passada.

De acordo com o hospital, este caso foi o primeiro em que um tecido pulmonar foi transplantado de doadores vivos para um paciente com Covid-19. O sucesso do procedimento trouxe esperanças para pessoas que ficaram com sequelas da doença.

Procedimento

Por opção da família, o nome da paciente não foi divulgado. Ela vive em Kansai, no Japão, e contraiu a Covid-19 no final do ano passado.

As complicações levaram a paciente a ficar por meses em uma máquina que funcionava como um pulmão artificial, de acordo com o Hospital da Universidade de Kyoto.

A covid deixou sequelas fortes no pulmão da mulher, a ponto de o órgão não funcionar mais sem apoio de um aparelho.

O doador

Com a necessidade de transplante, veio também a necessidade de um doador compatível. Só que o marido e o filho da mulher se ofereceram para doar partes de seus pulmões e o hospital começou a pensar a respeito.

Dr. Hiroshi Date, cirurgião torácico do hospital que conduziu a operação, disse que o sucesso da cirurgia deu esperança aos pacientes que sofrem de graves danos pulmonares causados pela Covid-19.

“Demonstramos que agora temos a opção de transplantes de pulmão (de doadores vivos)”, disse ele em entrevista coletiva na última quinta-feira.

Médicos realizam o transplante em paciente - Foto: Cortesia do Hospital da Universidade de Kyoto

Médicos realizam o transplante em paciente – Foto: Cortesia do Hospital da Universidade de Kyoto

 Por Monique de Carvalho, da redação do Só Notícia Boa – Com informações de CNN